Mortes: Transformou realidades em prol da justiça social
Roberto Grandmaison chegou ao Brasil em 1968 e pouco tempo depois instalou-se no bairro paulistano do Jaguaré
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Atirar-se no trabalho para transformar a realidade de comunidades carentes foi a grande missão do padre Roberto Grandmaison.
Canadense, da Congregação de Santa Cruz, quando chegou ao Brasil em 1968 hospedou-se na casa dos padres do Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros (zona oeste), onde norteou os trabalhos sociais realizados pela escola.
“O nosso querido Padre Roberto é um exemplo de generosidade, coragem, determinação e fé. Sua visão transformadora de mundo, sua luta em favor dos mais vulneráveis e seu amor ao próximo, nos deixam um grande legado e uma lição de vida. Nossa comunidade, comovida e em luto, agradece por todos os anos de trabalho nas obras sociais da Congregação e também na Pastoral do Colégio Santa Cruz”, afirmou em nota a escola.
Pouco tempo depois, Padre Roberto mudou-se para o Jaguaré (zona oeste), bairro que sentiu de perto as transformações geradas pela sua atuação junto à população carente.
Ordenado em 1971, construiu uma trajetória na defesa dos direitos humanos e criou um programa educacional pioneiro, que atende crianças e adolescentes.
A força de seu trabalho social originou o programa Jaguaré Caminhos —antigo projeto Santa Cruz—, fundado em 1987.
O jornalista e escritor Camilo Vannuchi, 41, ex-aluno do Colégio Santa Cruz, lembra da sua inquietude, uma qualidade no caso de quem se uniu aos pobres em prol da justiça social. No dia a dia, o religioso percorria escolas, creches e a comunidade.
Ele também coordenou a Comissão Arquidiocesana de Direitos Humanos criada por Dom Paulo Evaristo Arns, então Arcebispo de São Paulo, e colaborou para a Fundação do Centro Santo Dias de Direitos Humanos.
Padre Roberto Grandmaison morreu dia 11 de outubro, aos 77 anos. No início do ano, havia sido diagnosticado com câncer no pulmão e estava debilitado.
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