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Prefeitura do Rio restringe lazer por coronavírus, mas mantém praias liberadas

Cidade tem fila de quase 500 pessoas para leitos na rede pública de saúde

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Rio de Janeiro

A prefeitura do Rio de Janeiro, em decisão conjunta com o governo do estado, anunciou nesta quinta-feira (10) novas restrições para tentar conter o avanço do coronavírus na capital –sem, no entanto, impor medidas mais duras já adotadas anteriormente, como a proibição de frequentar as praias.

Nas últimas semanas, diante de um rápido aumento do número de casos da Covid-19 e da fila por leitos, as autoridades fluminenses têm insistido na visão de que a prometida testagem em massa, a fiscalização de eventos e a abertura de leitos serão suficientes para conter a pandemia.

Música ao vivo na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em meio à pandemia - Ricardo Moraes - 3.dez.20/Reuters

Entre os anúncios desta quinta-feira está a proibição do uso de áreas comuns de lazer em condomínios, como saunas e piscinas, e do estacionamento na orla aos finais de semana e feriados.

O prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) também determinou o cancelamento das áreas de lazer nas orlas de Copacabana, Ipanema e Leblon e no Aterro do Flamengo aos domingos e feriados. Isso significa que as pistas ficarão abertas para o trânsito de veículos.

Segundo a prefeitura, os ambulantes legais que atuam na orla receberão cestas básicas enquanto durarem as novas medidas.

Foi decidido, também, um escalonamento dos horários de funcionamento da indústria (a partir das 7h); dos serviços (a partir das 9h); e do comércio (a partir das 11h), para evitar aglomeração nos transportes públicos.

O mesmo motivo foi utilizado para justificar a permissão para shoppings e centros comerciais abrirem por 24 horas, medida já anunciada na semana passada.

Embora o número de casos esteja em rápida ascensão, com uma fila de quase 500 pacientes por leitos na rede pública, as autoridades têm se negado a adotar medidas mais restritivas, como o fechamento de cinemas e museus, limitação do funcionamento do comércio, e proibição de permanência na areia das praias.

A prefeitura argumenta que as normas anunciadas nesta quinta-feira têm como finalidade proteger a população de situações de risco da contaminação pela Covid-19, sem interferir na cadeia produtiva e sem causar danos à economia.

A tímida alteração das restrições vai contra recomendações do próprio comitê científico da prefeitura. Como a TV Globo divulgou, especialistas que compõem o grupo sugeriram na quarta (2) que o município proibisse banhistas nas praias e fechasse mais cedo bares e restaurantes.

A lotação dos leitos é reflexo da política de reabertura das atividades e do fechamento de leitos nos últimos meses, quando a doença parecia estar arrefecendo. O estado fechou todos os hospitais de campanha, e o município enxugou equipes que trabalhavam no único que sobrou, no Riocentro. A rede federal também foi reduzida.

Enquanto isso, muitas unidades pré-hospitalares, como UPAs (unidades de pronto atendimento), estão lotadas, com pacientes aguardando em cadeiras e sem atendimento adequado, apesar de a prefeitura argumentar que eles estão sendo assistidos.

Outro problema é que parte dos médicos, enfermeiros e outros profissionais da rede municipal estão trabalhando sem receber pagamento pelos serviços prestados em novembro, assim como auxílios de transporte e alimentação.

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