Mortes: Dos papéis que desempenhou, o de pai o fez renascer
Anderson Adriano Rosa era pai de um moço de 22 anos e um bebê
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O paulistano Anderson Adriano Rosa não gostava de futebol, mas era um telespectador assíduo das novelas. Assistia ao último capítulo até dos folhetins que não conseguia acompanhar.
Se sua história fosse para teledramaturgia, o enredo estaria completo.
Ele era o mocinho, de infância simples, que começou a trabalhar no início da adolescência para ajudar os pais. Em paralelo, levou os estudos muito a sério. Formou-se engenheiro e abraçou a profissão dos sonhos sem perder as oportunidades que teve.
Atualmente, ocupava o cargo de supervisor de manutenção elétrica na Folha, empresa na qual trabalhava havia 24 anos, segundo conta sua esposa, a dona de casa Roberta Agnes Romão Rosa, 34.
A amizade entre familiares de ambos facilitou o encontro. Primeiro, ficaram amigos, e após quase dois anos iniciaram o namoro. Em 2011, foram morar juntos e em 2015 oficializaram a união.
Anderson era amigável, preocupado com todos, calmo e engraçado.
“Ele era o elo entre todos. Gostava de reunir a família aos domingos, fazer churrasco e assistir aos programas preferidos na TV”, afirma Roberta.
“O Anderson me ensinou a ser uma pessoa melhor, a olhar o próximo sem julgar, a ser proativa e pé no chão. Era o meu instrumento de evolução. Honesto, bom e justo, foi um homem trabalhador e respeitador com os amigos que fez ao longo da vida.”
Anderson tinha um filho de 22 anos e desejava viver novamente a experiência de ser pai. Planejou com a esposa a chegada de Heitor, hoje com um ano. Foi seu renascimento.
Uma tosse um pouco diferente acendeu o alerta de Covid-19. Diagnosticado com a doença, inicialmente permaneceu isolado em casa e sob medicação. Dez dias depois, apresentou piora.
Anderson morreu no dia 24 de abril, aos 53 anos. Deixa a esposa e dois filhos.
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