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Polícia prende irmã de diretora de creche em que crianças foram filmadas amarradas

A mulher, encontrada em Mogi das Cruzes, é uma das proprietárias da Colmeia Mágica

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São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (25) Fernanda Carolina Rossi Serme, 37. Ela é irmã de Roberta Regina Rossi Serme Coutinho da Silva, diretora e responsável pela Escola de Ensino Infantil Colmeia Mágica, na zona leste paulistana.

A instituição particular passou a ser investigada pela polícia após vídeos de crianças amarradas com lençóis serem compartilhados na internet em março. Roberta já teve sua prisão decretada e está foragida.

Fernanda, que é uma das proprietárias da Colmeia Mágica, foi presa em sua casa em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, após a Justiça aceitar pedido de prisão preventiva feito por policiais da 8ª Delegacia Seccional da capital. Ela foi encaminhada para a cadeia de Itaquaquecetuba, também na Grande São Paulo.

Um vídeo feito com celular mostra duas crianças amarradas no banheiro de uma escola infantil, na zona leste da capital paulista. A Polícia Civil investiga a circunstância em que as imagens foram feitas - Reprodução/Redes Sociais

Na manhã desta terça-feira a prisão foi mantida, após audiência de custódia. "O juízo não verificou ilegalidade no cumprimento do mandado de prisão preventiva", afirmou o Tribunal de Justiça, em nota. Assim, Fernanda ficará presa, sem data prevista para soltura.

"O caso segue em investigação, sob sigilo, pela 8ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco). Diligências seguem em andamento. Mais detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial", disse, em nota, a Secretaria da Segurança Pública.

O advogado Cláudio André Costa Dias, que defende as irmãs, confirmou que acompanhou a prisão na tarde desta segunda-feira. Ele disse que vai entrar com recurso nesta terça (26) contra a decisão.

Roberta, irmã de Fernanda, teve o pedido de prisão autorizado pela Justiça no último dia 21 de março e desde então é considerada foragida.

As investigações começaram após vídeos, feitos com um celular, mostrarem crianças amarradas com lençóis no banheiro da escola infantil.

As suspeitas, em depoimento, negaram conhecimento sobre as cenas veiculadas na internet. À polícia, ambas reconheceram o banheiro como sendo da instituição de ensino. Cerca de 20 pessoas foram ouvidas, entre funcionários e pais de alunos.

Professoras e ex-professoras da Colmeia Mágica afirmaram em depoimento, segundo registros da Promotoria, que crianças eram colocadas em bebês-conforto, dentro do banheiro, amarradas com lençóis, quando choravam com insistência.

Elas relataram ainda que, para abafar o choro, por vezes eram colocados cobertores na cabeça dos bebês, e a porta era fechada.

Fachada de escola infantil na zona leste de São Paulo foi pichada com frases ofensivas após vídeos de maus-tratos serem compartilhados na internet - Reprodução/redes sociais

A prática ocorria, ainda segundo funcionárias, por suposta orientação da direção da escola.

As suspeitas negam qualquer envolvimento ou conhecimento dos maus-tratos.

O advogado André Dias disse à Folha, em março, que o colégio busca descobrir quem fez as gravações e quem colocou as crianças naquela situação.

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