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Descrição de chapéu Obituário Eloá Trein Aranha (1944 - 2022)

Mortes: Foi referência na área de relações públicas

Eloá Trein Aranha foi uma das primeiras mulheres a dirigir uma empresa de comunicação corporativa no Brasil

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São Paulo

Eloá Trein Aranha, apelidada carinhosamente de Lalá, foi um grande nome da área de relações públicas. Responsável por inspirar uma geração de profissionais do setor, ela também deixou sua marca por ter sido uma das primeiras mulheres a dirigir uma agência de comunicação corporativa no Brasil.

Inicialmente, ela entrou no mercado de trabalho na área de turismo, atuando em sua própria agência.

No final da década de 1970, ao conhecer José Carlos Ferreira e José Rolim Valença, fundadores da AAB - Assessoria Administrativa, uma grande agência de relações públicas da América Latina, ela decidiu mudar de área.

Abriu, então, uma filial da empresa na capital gaúcha —sua cidade natal— e, tempos depois, tornou-se bacharel em comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Eloá Trein Aranha (1944 - 2022) - Arquivo pessoal

Eloá ficou na AAB como diretora por 15 anos. Passado esse período, saiu para fundar com outros sócios a Calia, Assumpção Publicidade. Depois de seis anos, migrou para a CDN Comunicação, no Rio de Janeiro, onde morou até sua morte.

"Ela trabalhou dentro da comunicação em inúmeros grupos e empresas de diversos portes e segmentos e liderou grandes nomes da comunicação corporativa e publicidade", diz Daniela Barbará, jornalista e colega de trabalho de Eloá.

Sandra Martinelli, diretora da ABA, afirma que Eloá foi uma grande inspiração para ela. "Me encantava porque ela era uma mulher, naquela época, diretora da empresa, chefe do escritório. Era elegantíssima, falava muito bem, sempre com pastas executivas. Naquele momento, queria ser a Lalá quando eu crescesse."

Eloá também foi presidente do Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas da 1ª Região, no Rio de Janeiro, de 2013 a 2015; professora convidada do MBA de comunicação empresarial da Estácio Rio de Janeiro; conselheira do WWF Brasil; ouvidora do Clube de Comunicação do Rio de Janeiro e colunista mensal da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial).

Além disso, escreveu o livro "Cartas a um Jovem Relações-Públicas" (Editora Elsevier), lançado em 2010, no qual conta sua história profissional.

No final de sua carreira, ainda prestou consultoria, mas decidiu se aposentar para se dedicar às duas filhas e três netas.

Cerca de três meses atrás, ela descobriu um câncer de pulmão, já em estágio avançado. Chegou a fazer duas sessões de quimioterapia, mas sofreu uma parada cardíaca e no dia 21 de setembro, após um período de internação na UTI, morreu aos 78 anos.

"O mundo perdeu um ser humano muito especial. Lalá foi mestre de toda uma geração de mulheres que se tornaram executivas por seguirem seu exemplo e de uma legião de homens que seguiram essa profissão por influência dela", conclui Sandra.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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