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Baixo Augusta faz pré-Carnaval político com gritos de 'Lula, Lula'

Foliões vestiram vermelho em cortejo de bloco que tomou a rua da Consolação, região central de SP

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São Paulo

Um dos blocos mais aguardados do pré-Carnaval paulistano, o Acadêmicos do Baixo Augusta apostou no ritmo do grupo Olodum para arrastar sua habitual multidão pela rua da Consolação, na região central da cidade, na tarde deste domingo (12).

A escola de tambores da cidade de Salvador, na Bahia, participa pela primeira vez da folia de São Paulo.

Foliões no bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, na rua da Consolação, região central de São Paulo - Carla Carniel/Reuters

Trajes de todos os tipos compuseram o colorido espetáculo, mas o vermelho era predominante. Camisetas, saias, shorts e bonés em rubro intenso estavam por todo o lugar. Não por acaso, gritos de "Lula, Lula" foram entoados algumas vezes durante o cortejo.

Base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), presente no trio elétrico, também foi ovacionado.

Nas fantasias, ainda houve homenagens a figuras populares do país, como o Zé Gotinha, personificado pelo professor universitário Tiago Campos, 35.

"O Zé Gotinha não morreu, tá vivíssimo e na farra com o povo que ajudou a vacinar", declarou ele.

Homem ergue fantasia de Zé Gotinha no bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, em São Paulo - Andreza de Oliveira/Folhapress

O tema da festividade deste ano é "Atentos e Fortes", em alusão à canção "Divino Maravilhoso", eternizada na voz de Gal Costa, morta no último ano e a grande homenageada nesta edição do Baixo Augusta.

Canções marcadas por Gal também inspiraram vestimentas. "Vaca Profana", por exemplo, deu vida a muitos bovinos.

Durante a festa, as cantoras Marina Sena, Tulipa Ruiz e Céu deram voz a hits da carreira de uma das maiores intérpretes da música brasileira, como "Chuva de Prata", "Festa do Interior" e "Baby", acompanhadas a plenos pulmões pelos foliões.

Eram 14h quando, na esquina entre as avenidas Paulista e a rua da Consolação, o cantor Simoninha puxou o bloco. Milhares de foliões já aguardavam enquanto transpiravam em razão do calor intenso que premeditava uma tarde chuvosa.

Vendedores de bebidas, como, Carlos Augusto Silva, 45, comemoravam muito a alta necessidade de hidratação. As vendas eram frenéticas.

Durante meia hora, foi impossível se locomover. Barreiras colocadas pela Prefeitura deixavam um estreito espaço para chegar à frouxa fiscalização e adentrar o bloco. O empurra-empurra foi estopim de várias confusões.

"É o bloco mais infernal que fui até agora. Se o começo já está uma confusão, imagine depois", disse, enquanto se segurava em uma grade para não ser levado pela impaciente multidão, o folião Breno Pinheiro, 25.

Já na área oficial de celebração, longos minutos de apertada caminhada eram necessários para conquistar um espaço. Em vez de acompanhar o trio, muitos presentes escolheram se alocar em frente ao Cemitério da Consolação.

Famosas madrinhas e musas do bloco marcaram presença, como a atriz Alessandra Negrini e Márcia Daylin, primeira bailarina trans do Theatro Municipal de São Paulo, que, no chão, não perdeu o ritmo em momento algum.

Por volta das 16h40, uma chuva torrencial afastou muitos foliões, mas os que ficaram aumentaram o volume da festa. Às 18h30, a massa ensopada chegou à República, onde o tradicional bloco teve seu fim.

Alessandra Negrini, musa do Acadêmicos do Baixo Augusta, acena para a multidão que acompanha o bloco na rua da Consolação - Bruno Santos/Folhapress

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