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De Carmen Miranda, Anitta estica o Carnaval do Rio de Janeiro: "É rave!"

Cantora embala foliões com remix de funk e música eletrônica

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Rio de Janeiro

Com fantasia homenageando Carmen Miranda, a funkeira Anitta levou milhares de pessoas ao centro do Rio de Janeiro para curtir um Carnaval estendido na manhã deste sábado (25). "É rave!", decretou, antes do refrão da música que abriu a apresentação, "Rave de Favela".

"Hoje, na cidade maravilhosa, só podia ser ela, minha guerreira maior: Carmen Miranda", escreveu Anitta em suas redes sociais antes da apresentação. Seu bloco é o penúltimo dos chamados megablocos a desfilar no Carnaval carioca —neste domingo (26) ainda tem o desfile do Monobloco.

A apresentação teve participação do astro pop internacional Jason Derulo, que cantou seu hit "Wiggle", emendando com o funk "Ai, preto", e do trapper WIU, nome forte da cena de Fortaleza, que tocou o hit "Felina".

Vestida de Carmen Miranda, Anitta comanda bloco de Carnaval nas ruas do Rio neste sábado (25) - Guito Moreto/Agência O Globo

Durante o desfile, Anitta parou sua apresentação em quatro ocasiões: duas para relatar roubos, uma para anunciar que encontraram uma carteira de um folião e a quarta, para anunciar uma criança perdida.

"Aponta aí [para o ladrão] que a polícia tá chegando... Guarda Municipal, pode pegar", anunciou a cantora em uma das ocasiões. "Ninguém me contou, não. Eu mesma vi... No meu bloco não tem roubo", concluiu.

Os amigos Victor Gabriel, 21, e Adryel Christian, 20, tiveram as carteiras furtadas no trajeto. "A gente tava curtindo o fervor da festa, mas o pessoal começa a empurra-empurra pegaram [as carteiras] do bolso", relata Victor.

Entre os foliões, o ânimo daqueles que saíram de casa para curtir os últimos momentos do Carnaval 2023 seguia vivo, mas sem tanto fôlego. Fantasias eram raras e cada vez menos elaboradas.

Rodolfo Prado, 28, era uma das pouquíssimas exceções. Com uma máscara do sobrinho, luvas recém-compradas, vestido da namorada e roupa de lycra verde que utilizava para cosplays de Rock Lee (personagem de Naruto), o folião se fantasiou de Cuca, personagem do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

"A gente só tem esse momento de diversão uma vez no ano. Não pode deixar o cansaço vencer", justifica ele. Mas adverte ser contra estender o período para além desses sete dias. "Para mim, tá bom. Sete dias são suficientes, não mais que isso."

A enfermeira Janaina Emidio, 47, por outro lado, se pudesse, pulava mais dias. Acompanhada da filha, ela explica que só parou para descansar na quarta-feira. "Minha energia para Carnaval vem da alegria de viver. A vida é muito boa", relata ela.

Empresário da indústria têxtil, Anderson Macedo, 28, aproveitava a festa para garantir uma renda extra. Só neste Carnaval já lucrou uns R$ 4.500 e esperava ultrapassar os R$ 5.000 nesses dois dias de megablocos

"Muita gente na rua consumindo, né? [Carnaval] traz uma renda para quem tem disposição para trabalhar", diz ele.

Sheyla Vieira, 54, que normalmente trabalha como doméstica, também contava com o Carnaval estendido para garantir um bom começo de ano. Com um investimento de R$ 600, ela já lucrou R$ 1.000 nos quatro dias oficiais de folia. Espera dobrar o valor até domingo.

Tchau bolsa térmica?

A ideia é simples: uma mochila revestida por dentro com uma bolsa para líquidos e um canudo acoplado. A mochila de hidratação, como é chamada em sites de venda, tem adesão ainda incipiente entre foliões, mas promete sucesso para festejo popular do ano que vem.

Folião usa mochila para se hidratar durante bloco da Anitta no Rio - Matheus de Moura/Folhapress

O produto pode ser encontrado na internet com preços variando entre R$ 50 e R$ 3.000, a depender de intenção de uso, nível de conforto almejado, limite de carga e marca do objeto.

Com patente do empresário multimilionário Roger Fawcett, o equipamento é vendido nos EUA desde o princípio dos anos 1990, tendo ganho adesão de esportistas brasileiros nos últimos anos.

Afinal o objetivo é a hidratação, certo?

Bem, não tanto para os foliões cariocas. O mestrando em educação Alberto Henrique, 25, encheu sua mochila, com capacidade para 2L, de vodka misturada com maracujá. Ele teve a ideia junto a um amigo, com quem fez uma compra conjunta: R$ 50 cada.

A mochila alaranjada, explica ele, é confortável e sustenta bem a temperatura da bebida alcoólica. "Bolsa térmica é muito pesada, difícil de carregar", defende o folião segundos antes de dar um gole no canudo.

O militar Bruno Felipe reforça o argumento da praticidade da mochila em detrimento da bolsa térmica: "Melhor, né? Tem hora que cansa levar a bolsa térmica por aí. Eu botei três Ousadias [bebida alcoólica] e vim."

Ele conta que usa uma mochila similar para prática de exercícios e para treinos militares: "É para botar água, né? Mas é Carnaval, então botei bebida aqui."

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