Polícia prende 11 suspeitos de tráfico e diz que PCC proibiu nova droga na cracolândia
Ação foi feita pelo departamento de narcóticos, que não fazia parte das recentes operações na região do centro de SP
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Ação da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (2) resultou na prisão de dez pessoas —cinco homens e cinco mulheres— e na apreensão de um adolescente por suspeita de atuar direta ou indiretamente no tráfico de drogas na cracolândia, no centro de São Paulo.
As prisões temporárias e em flagrantes ocorreram fora do fluxo, como é chamada a aglomeração de dependentes químicos. Entre os detidos estava uma mulher grávida, que seria usada para realizar o transporte dos entorpecentes sem chamar a atenção, segundo a polícia. Após a prisão, ela entrou em trabalho de parto e foi levada a um hospital. A Polícia Civil deve pedir à Justiça a revogação da prisão dela por questão humanitária.
A operação chefiada pelo Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) apreendeu dois veículos que seriam usados no transporte das drogas. Também foram encontrados R$ 15 mil, 4 kg de crack, cocaína e K9, além de celulares, balanças de precisão e anotações de contabilidade.
A investigação apontou que a facção PCC (Primeiro Comando da Capital) está ligado às vendas na região. Uma das conversas monitoradas indicam que o grupo criminoso proibiu a venda da droga K9, uma espécie de maconha sintética.
Segundo a polícia, a droga está proibida desde o dia 1º por trazer graves sequelas aos usuários. Ela age de forma mais intensa no organismo em comparação com a maconha natural.
Segundo o diretor do Denarc, Ronaldo Sayeg, as prisões ocorreram na região central, em nove pontos, seis deles, chamados de laboratórios.
O Denarc não atuava na cracolândia desde o início da Operação Caronte, coordenada pela delegacia seccional centro, em meados de 2021. A Caronte teve fim em dezembro de 2022, poucos dias antes de seu mentor, o delegado Roberto Monteiro, ter sua exoneração do cargo de seccional formalizada. A troca foi uma das mudanças realizadas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na política para a região.
Monteiro foi substituído por Jair Barbosa Ortiz, que era diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.
Na primeira operação na área sob a nova gestão, por exemplo, a Polícia Militar voltou a atuar e dispersou usuários de drogas que estavam na rua Vitória, em Campos Elíseos, com bombas de gás lacrimogêneo.
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