Siga a folha

Descrição de chapéu Folhajus

Ministério Público pedirá correção de falhas no monotrilho e indenização

Promotoria paulista afirma que vai à Justiça contra consórcio se não houver consenso

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O Ministério Público paulista fará uma reunião em abril com o Metrô e o CEML (Consórcio Expresso Monotrilho Leste) para chegar a um acordo sobre a correção falhas estruturais na linha 15-prata do monotrilho. A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social também pedirá ao consórcio uma indenização por danos coletivos e ao patrimônio público pelo que considera uma má execução da obra.

Segundo o promotor Silvio Marques, se não houver consenso, a instituição vai à Justiça com uma ação civil pública contra o CEML, formado pelas empreiteiras Queiroz Galvão e OAS, além da empresa canadense Bombardier. "Temos prejuízo social e dano moral coletivo e ao patrimônio público. Por isso, vamos pedir essa reunião antes para um ajustamento de conduta."

Colisão de trens paralisou monotrilho em São Paulo nesta quarta (8) - Aline Mazzo/Folhapress

A proposta que será feita na reunião faz parte de um inquérito, instaurado em 2020, que apura irregularidades na interrupção da circulação dos trens da linha 15-prata. A suspensão foi causada pelo estouro de um pneu, em fevereiro daquele ano, que deixou a linha paralisada por três meses.

Segundo Marques, esse procedimento está quase concluído, com parecer técnico do CAEx (Centro de Apoio Operacional à Execução), do Ministério Público, que aponta os problemas estruturais.

O promotor diz, ainda, que pedirá informações sobre o acidente da madrugada desta quarta (8), para apurar se houve falha humana na operação, que é responsabilidade do Metrô.

Dois trens bateram sobre a avenida Sapopemba, na zona leste, por volta das 4h30, e paralisaram a operação durante 3h. Não houve feridos.

Às 10h, o monotrilho voltou a operar parcialmente. Os passageiros têm sido atendidos durante o dia por 50 ônibus do sistema Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência).

Procurado, o Metrô disse que acompanhou a fiscalização do Ministério Público e que vai responder aos questionamentos no prazo. O CEML não respondeu até a publicação desta reportagem.

Em resposta a um ofício da Promotoria de 15 de fevereiro deste ano, o consórcio pede o arquivamento da investigação.

No texto, o CEML afirma que há inconsistências técnicas no parecer do CAEx e que não há prova de responsabilidade do consórcio no estouro do pneu em 2020. Diz que a operação e a manutenção das vias e dos trens cabem ao Metrô e que o incidente foi pontual.

Ainda, o consórcio diz que agiu rapidamente após a queda de um bloco de concreto em setembro de 2022 e afirma que foi uma questão pontual.

Também solicita, no documento, que o deslocamento de concreto em janeiro deste ano, detectado após uma inspeção rotineira do Metrô, seja excluído do procedimento. A justificativa é que a área não foi executada pelo consórcio e não é abrangida pelo contrato.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas