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Falha em pneus suspende circulação de trens no monotrilho de SP

Metrô diz que acionou fabricante para arcar com prejuízos; passageiros afetados utilizam ônibus

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São Paulo

A circulação de trens da linha 15-prata do monotrilho de São Paulo está suspensa nesta segunda-feira (2) e não há previsão de retorno das operações.

A linha, que liga a Vila Prudente a São Mateus, na zona leste, já estava fechada no fim de semana. O Paese (sistema de emergência da SPTrans) foi acionado e 50 ônibus foram colocados a disposição dos passageiros do monotrilho. 

Apesar do serviço, que estará em vigor até a 0h desta terça (3), muitos passageiros enfrentaram ônibus lotados e trânsito congestionado na região.

O problema do monotrilho começou na última quinta-feira (27), quando um pneu dos trens se rompeu —diferentemente dos metrôs convencionais, que correm sobre trilhos, o monotrilho anda sobre pneus de borracha. 

O Metrô, responsável pela linha, interrompeu a circulação da linha 15 no fim de semana, segundo a companhia para fazer testes no sistema de controle e movimentação dos trens.

Nesses testes, a companhia diz que constatou danos em outros pneus dos trens e que acionou a fabricante dos vagões, a empresa canadense Bombardier, além da construtora da via, o Consórcio Ceml (formado por Queiroz Galvão, OAS e Bombardier), para constatar a causa do problema, corrigi-lo e arcar com os prejuízos da paralisação.

Segundo o Metrô, a falha está no sistema "run flat", dispositivos que ficam nas rodas e garantem a movimentação do trem em casos de anormalidades, como pneus furados ou murchos.

Em nota, a Bombardier diz que recomendou a remoção da frota de 23 trens para inspeção por especialistas da empresa e não deu prazo para a volta da operação.

O monotrilho —espécie de trem com rodas, sobre um estrutura elevada —foi apresentado como uma solução rápida e barata para ligar a Vila Prudente à Cidade Tiradentes, mas virou uma obra demorada e cara.

O estouro dos pneus é mais um de uma série de incidentes que a linha já enfrentou. Em janeiro de 2019, um equipamento chamado terceiro trilho, que fornece energia aos trens, se soltou e ficou pendurado a 15 metros do solo.

Um dia depois, dois trens se chocaram —como os vagões estavam vazios, ninguém se feriu.

Em maio do ano passado, um pneu saiu do seu eixo e o trem não conseguiu fazer uma manobra e ficou travado sobre as vigas.

Em junho do ano passado, o muro da estação Camilo Haddad desabou sobre a escada que dá acesso à plataforma.

 
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