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Deslocamento de concreto paralisa trecho da linha 15-prata do monotrilho de São Paulo

Trens só voltaram a circular em toda a via no fim da tarde desta quarta (11); Ministério Público questiona se não é necessário paralisar linha

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São Paulo

Um deslocamento de concreto causa atrasos na operação dos trens da linha 15-prata do monotrilho de São Paulo desde as 4h40 desta quarta (11). Segundo o Metrô, a falha foi detectada durante uma inspeção após o horário de pico matutino.

A linha só foi totalmente normalizada por volta das 16h15, segundo o Metrô, com a correção do deslocamento de concreto e a realização de testes.

Durante o dia, não houve viagens entre as estações Vila Prudente e Vila União, e 30 ônibus da operação Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) atendem os passageiros.

O trecho entre as estações Camilo Haddad e Vila Prudente foi interditado às 10h para reparos. "Também serão feitos serviços de manutenção para prevenção de novos destacamentos", afirma o Metrô, em nota.

obras na estação do metrô, é possível ler a placa da estação e ver uma pessoa com capacete de EPI
Obras na estação Jardim Colonial da linha 15-prata - Rivaldo Gomes - 20.set.21/Folhapress

Nas redes sociais, passageiros reclamaram de atrasos e transtornos para embarque na linha 15-prata. "Estou há mais de 30 minutos tentando embarcar em um dos trens, mas não consigo, e nem mesmo trocando de estação estou conseguindo", escreveu um usuário do transporte.

Por volta das 7h50, o Metrô disse em uma rede social que um dos trens da linha 1-azul apresentou falha na estação Luz, causando a redução da velocidade na operação.

O deslocamento de parte da estrutura não é o primeiro problema do tipo na linha 15-prata. Em setembro do ano passado, um bloco de concreto caiu de uma altura de 15 metros sobre uma ciclovia na avenida Luiz Inácio Anhaia Mello, na zona leste da capital.

Em 2020, o estouro de um pneu lançou uma placa de metal que caiu na avenida Sapopemba e paralisou a linha durante cerca de cem dias.

Em janeiro de 2019, dois trens se chocaram na estação Jardim Planalto. Um dia depois, um equipamento chamado terceiro trilho se soltou e ficou pendurado a 15 metros do solo. Depois, o muro de uma das novas estações desabou sobre a escada que dá acesso à plataforma.

Nesta quarta, o promotor Sílvio Marques, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público do Ministério Público de São Paulo, responsável pelo inquérito que apura os problemas na linha, enviou ofício ao Metrô pedindo informações sobre o descolamento de concreto e informações sobre medidas tomadas quanto ao caso e sobre os recorrentes problemas da linha.

O Ministério Público também questionou se haverá necessidade de paralisação da linha por causa dos incidentes.

O Núclo de Engenharia do CAEx (Centro de Apoio Operacional à Execução), do Ministério Público, deve entregar ainda este mês um relatório sobre a queda do concreto no ano passado.

Um 2021, relatório técnico feito pelo Caex apontou que o que causou o estouro dos pneus de uma composição do monotrilho da linha 15-prata, em fevereiro de 2020, foram problemas de projeto e execução da linha, assim como, problemas de projeto, fabricação e montagem dos trens.

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