Siga a folha

Descrição de chapéu yanomami

PRF mata quatro supostos garimpeiros ilegais em confronto na terra yanomami

Agentes da corporação e do Ibama desembarcavam de aeronave quando foram atacados, segundo o governo

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro

Quatro homens foram mortos por agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na noite deste domingo (30) durante um suposto confronto na Terra Indígena Yanomami. De acordo com a corporação, policiais e servidores do Ibama foram atacados durante o desembarque de uma aeronave para fiscalização de uma área de garimpo ilegal na região.

O governo afirma que o ataque foi promovido por garimpeiros ilegais que atuam na terra indígena. Os servidores chegavam ao local para impedir a ação criminosa. Entre os supostos criminosos mortos está, segundo o Ministério do Meio Ambiente, um foragido da Justiça do Amapá.

Armas apreendidas com supostos garimpeiros ilegais mortos durante ação da Polícia Rodoviária Federal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima - Divulgação/Polícia Rodoviária Federal

"O ataque ocorreu durante tentativa de desembarque da aeronave, quando criminosos, munidos de armamento de grosso calibre, atiraram contra os agentes no intuito de repelir a atividade de repressão ao garimpo ilegal. Os policiais revidaram e atingiram quatro atiradores, que não resistiram aos ferimentos", afirmou a corporação, em nota.

De acordo com a PRF, foram apreendidos um fuzil, três pistolas sete espingardas, entre outros materiais para confronto (munições, carregadores, coldre, por exemplo).

A PRF afirma que ocorreram outros ataques. "Recente histórico aponta para ocorrências em outros acampamentos clandestinos, como nas comunidades Maikohipi e Palimiú, sempre na tentativa de inibir o trabalho de desintrusão das terras demarcadas."

O Ministério do Meio Ambiente afirmou haver indícios "de que uma facção criminosa controla o garimpo em que houve o confronto".

O ataque ocorreu um dia após três indígenas serem baleados dentro na região, em ação também atribuída a garimpeiros ilegais. Um morreu e dois estão hospitalizados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu enviar para a região uma equipe com as ministras Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Nísia Trindade (Saúde).

Ao comentar o ataque deste sábado, a ministra dos Povos Indígenas reconheceu que "ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território".

"Uma comitiva interministerial está a caminho de Roraima para reforçar ainda mais as ações de desintrusão dos criminosos. A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e, mesmo com todos os esforços sendo realizados pelo governo federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território. Solicitamos reforço do Ministério da Justiça para investigação da PF sobre este caso."

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, desde o início da operação para desmobilização da logística do garimpo ilegal já foram destruídos 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, 2 helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores.

"Imagens de satélite apontam uma redução de cerca de 80% de áreas desmatadas para mineração de fevereiro a abril em relação ao mesmo período do ano anterior", diz o ministério.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas