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Descrição de chapéu Folha Mulher Mátria Brasil

Projeto Mátria Brasil vai retratar mulheres ao longo da história do país

Primeiro texto da série é assinado pela escritora indígena Eliane Potiguara

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São Paulo

Com lançamento nesta sexta (5) na versão online da Folha e no dia seguinte na impressa, o projeto Mátria Brasil vai retratar mulheres, com seus protagonismos e suas lutas, que tiveram relevância ao longo da história do país, desde a invasão portuguesa até os dias de hoje.

Os textos serão assinados por algumas das mais importantes historiadoras e escritoras brasileiras, e terão publicação semanal ao longo de seis meses. A iniciativa tem apoio da editora Contracorrente.

A professora, escritora e ativista indígena Eliane Potiguara, autora de "Metade Cara, Metade Máscara"; ela assina o primeiro texto da série Mátria Brasil - Reprodução

"Vamos contar uma história do Brasil em perspectiva decolonial [que propõe alternativas à produção de conhecimento sob a perspectiva eurocêntrica]", afirma Patrícia Valim, professora do departamento de história da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e idealizadora do Mátria Brasil.

"O objetivo é subverter o repertório canônico da nossa história, elaborado ao longo do tempo por meio da parcialidade constitutiva da ideia de ‘sujeito universal’: homens brancos, heteronormativos e da região Sudeste."

Valim coordena o projeto ao lado do jornalista Naief Haddad, repórter especial da Folha.

Ainda segundo a professora, "o apagamento e o silenciamento das lutas das mulheres no Brasil foram questionados apenas por um grupo pequeno de historiadoras que abriram os caminhos para nós. Esse recorte vai dialogar com a sociedade de maneira geral, fornecendo algumas hipóteses sobre a formação do Brasil atual".

A professora e sufragista baiana Leolinda Daltro (1859-1935), que será tema de um dos textos da série Mátria Brasil - Wikimedia Commons

O primeiro texto da série é assinado pela escritora e ativista indígena Eliane Potiguara, que recebeu recentemente o título de doutora honoris causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O artigo trata das Icamiabas, guerreiras que mantinham uma sociedade matriarcal na região da Amazônia pelo menos até o século 16.

"O Mátria Brasil será uma ferramenta para o fim da sub-representação das mulheres na política institucional e para o combate das variadas formas de violência contra as mulheres brancas, negras, indígenas, trans", afirma Valim, que vai escrever um texto por mês.

Os textos serão ilustrados por Mariana Waechter e Veridiana Scarpelli, que se alternarão ao longo dos seis meses.

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