Marinha resgata 6 tripulantes de barco pesqueiro que naufragou em SC
Grupo está bem fisicamente, mas abalado; Marinha ainda não sabe o que levou embarcação a naufragar
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A Marinha resgatou seis tripulantes da embarcação pesqueira BP Safadi Seif, que naufragou na noite de sexta (16), no litoral de Santa Catarina. Os salvamentos ocorreram por volta de 22 horas de sábado (17) e por volta das 17h40 deste domingo (18).
No sábado, foram salvos Djalma dos Santos Silva, Domingos Pereira do Rosário, Luiz Carlos Messias da Silva, Mario Gomes Soares e Zoel Texeira Barros. No domingo, Deivid Luiz Monteiro Ferreira. Ainda estão desaparecidos Alisson da Silva Santos e Diego Silva de Brito.
Em entrevista no fim da manhã de domingo para falar do primeiro resgate, o Comandante do 5⁰ Distrito Naval da Marinha, vice-Almirante Sílvio Luís dos Santos, disse que todos os cinco estavam bem, mas um pouco abalados.
"Fizemos alguns questionamentos, não fomos a fundo respeitando a condição física de cada um. Eles pegaram ondas bastante altas, ventos muito fortes e condições marginais de operação no mar", afirmou o comandante.
"No jargão da Marinha, o navio começou a fazer água, ou seja, começou a alagar", completou. O oficial disse que o grupo ainda será ouvido para que obtenham informações sobre o ocorrido e os que ainda estão sumidos.
Deivid Luiz Monteiro Ferreira, resgatado neste domingo, que foi levado a um hospital em Florianópolis. Ele foi encontrado agarrado a uma boia. "Aparentemente, o senhor estava em uma condição lúcida, apesar de desidratado", disse o capitão-tenente Paiva Aguiar, que pilotou o helicóptero que fez o resgate.
Ao longo do dia, foram realizadas operações com embarcações e apoio de aeronaves da Força Aérea Brasileira em busca dos desaparecidos. A Marinha diz que continua mantendo esforços nas buscas pelos dois outros desaparecidos.
A Marinha ainda não sabe o que levou a embarcação a naufragar. A Capitania dos Portos de Santa Catarina vai instaurar inquérito administrativo, com prazo de 90 dias para a conclusão, no intuito de apurar as causas e os possíveis responsáveis.
"Na quinta-feira à tarde, foi emitido um boletim que continha a questão do ciclone extratropical iniciando no nordeste do Rio Grande do Sul e demandando esta área. É fundamental que os navegantes sempre consultem as questões meteorológicas, bem como sejam qualificados", orienta o vice-Almirante Sílvio Luís dos Santos.
Sobre o naufrágio
Segundo a Marinha do Brasil o naufrágio ocorreu a 40 km de distância da ponta de Garopaba, no sul de Florianópolis.
Como providências, acionou o navio-patrulha Benevente, que iniciou as buscas por volta de meia-noite, e designou militares da CPSC, que estão com viaturas e embarcações para trabalharem com a comunidade pesqueira local, para realizarem buscas específicas e obterem mais informações sobre o fato. Os trabalhos continuam.
Há divergências sobre o local do acidente. A assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros disse à reportagem que a primeira informação era que o naufrágio havia ocorrido próximo à Ilha do Coral, a 45 minutos de Garopaba, de barco. Mas após averiguações, identificou que a localização está a cerca de 160 km da costa, a partir do norte da Ilha.
Em nota, a corporação afirmou que, devido a distância da costa, não possui capacidade de resposta operacional —autonomia de combustível, tecnologia e competência legal— para navegar tão longe. Então, as buscas continuam com a Marinha do Brasil e apoio da Força Aérea Brasileira.
Colaborou Nicola Pamplona
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