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Descrição de chapéu Obituário Maria Lúcia de Oliveira (1949 - 2023)

Mortes: Foi conhecida por ajudar em partos por mais de 30 anos

Técnica em enfermagem, Tia Lucinha era sempre lembrada pelo cuidado com os bebês que ajudou a trazer ao mundo

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São Paulo

Os sobrinhos e os bebês que ajudava a trazer ao mundo eram a grande alegria de Tia Lucinha, apelido de Maria Lúcia de Oliveira. Técnica em enfermagem, ela trabalhou por mais de 30 anos na saúde pública.

Nascida e criada em Barreiras, no interior da Bahia, ela nunca deixou a cidade pela qual tinha muito apego e onde também era reconhecida sempre que saía de casa.

"Aonde ia encontrava alguma mãe a quem tinha ajudado em trabalho de parto. Sempre a paravam na rua para dizer: você foi a primeira a carregar meu filho no colo", conta a sobrinha Sueleide de Oliveira, 46.

Maria Lúcia de Oliveira (1949-2023) - Arquivo Pessoal

O cuidado que tinha com as mães e os bebês a levou a trabalhar por muitos anos nos principais equipamentos de saúde da cidade voltados para esse público. Por mais de uma década trabalhou no Centro de Atendimento à Mulher e no Hospital da Mulher de Barreiras. Também atuou no Hospital Municipal Eurico Dutra.

"Os médicos gostavam muito de trabalhar com ela, porque era muito atenciosa e cuidadosa com as pacientes. Ela era tranquila e conseguia acalmar as mulheres mesmo quando havia alguma situação mais tensa", conta a sobrinha.

O cuidado também se estendia aos muitos sobrinhos, e não eram poucos. Com quatro irmãos, Lucinha foi tia de 25 sobrinhos —fora os filhos deles.

"Ela tratava todos nós com muito carinho, muita atenção. Fazia questão de nos receber em casa, sempre com um franguinho que era sua receita famosa. Meu filho mesmo chegava na casa dela e já sentava à mesa, pedindo o franguinho da tia Lucinha", lembra Sueleide.

Mesmo após receber o diagnóstico de um câncer de mama, Lucinha não quis se afastar do trabalho nem preocupar a família. Continuou atuando nos hospitais e recebendo os sobrinhos em casa, até que foi internada e precisou contar que estava doente.

"Acho que ela não quis nos preocupar e guardou que estava doente até o último momento. Só soubemos quando foi internada. Ela trabalhou até os últimos dias de vida."

"Durante a vida toda, ela sempre foi uma mulher muito forte. Viveu sozinha e nunca gostou de depender de ninguém, mas adorava cuidar de quem estava ao ser redor", lembra a sobrinha.

No dia 5 de dezembro, tia Lucinha morreu em decorrência do câncer. Deixa os irmãos Augusta Maria de Oliveira, Expedito Barreto e Irenice Barreto Araújo, além dos 25 sobrinhos e sobrinhos-netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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