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Com aeroporto de Porto Alegre alagado, empresas criam novos voos para o sul

Companhias anunciam cerca de 400 operações extras até o fim do mês para Paraná, Santa Catarina e interior do Rio Grande do Sul

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São Paulo

Empresas de aviação criaram malhas aéreas emergenciais para o sul do país por causa do fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que desde a última sexta-feira (3) está alagado e com aviões embaixo d'água, por causa da inundação que atinge a capital gaúcha.

Juntas, as empresas Azul, Gol e Latam terão cerca de 400 voos extras para Paraná, Santa Catarina e cidades do interior do Rio Grande do Sul, até 30 de maio —o aeroporto de Porto Alegre ficará fechado ao menos até esta data.

Na quinta-feira (9), o governo Lula (PT) anunciou a ampliação da capacidade de sete aeroportos regionais do interior do Rio Grande do Sul e dois de Santa Catarina para que até 116 voos comerciais sejam realizados semanalmente.

Avião cargueiro no meio da inundação do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), que ficará fechado ao menos até o próximo dia 30 - Wesley Santos - 7.mai.24/Reuters

A Azul diz ter criado 150 voos extras até o fim do mês, que partem e chegam de quatro municípios gaúchos (Santo Ângelo, Pelotas, Uruguaiana e Santa Maria), além de Curitiba (PR) e Florianópolis (SC), com ida e volta para Viracopos, em Campinas, no interior paulista.

O Aeroporto Internacional de Florianópolis registrou, entre sábado (4) e esta sexta-feira (10), uma alta de 19% no fluxo de passageiros recebidos, em comparação à semana anterior.

Os voos da Azul serão em aeronaves Embraer-E1 e ATR 72-600, com capacidades para 118 e 72 pessoas por voo, respectivamente.

A Gol afirma ter criado 122 voos até o dia 30 de maio. A ampliação da oferta será a partir de São Paulo para as cidades gaúchas de Caxias do Sul e Passo Fundo, além de Chapecó (SC), e do Rio de Janeiro (Galeão) para Florianópolis.

Em Passo Fundo, que hoje conta com até três voos semanais para Guarulhos (Grande São Paulo), com aeronaves Boeing 737-700 de 138 lugares, a Gol terá embarques diários e operados por aviões 737-800, com 48 assentos a mais por decolagem.

Os voos para Caxias do Sul partem do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

A malha aérea emergencial da Latam começou a operar nesta sexta-feira (10). Segundo a empresa, foram adicionados 46 voos semanais entre São Paulo e os aeroportos catarinenses de Jaguaruna e Florianópolis, e de Caxias do Sul.

Os voos para Santa Catarina partem e chegam ao aeroporto internacional de Guarulhos e as operações para Caxias do Sul, de Congonhas.

Tanto a Gol quanto a Latam esperam autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para aumentar o limite de voos para Caxias do Sul e ampliar a oferta.

A Fraport Brasil, que administra o aeroporto Salgado Filho, está estruturando a operação de voos comerciais para o transporte de passageiros a partir de Base Aérea de Canoas (RS).

O plano, diz a empresa, contará com ações para adaptação da base para receber passageiros, além de cargas e ajuda humanitária —que já está em andamento.

De acordo com a concessionária, ela tem autorização para operar até cinco voos diários saindo de Canoas. Os destinos devem ser divulgados nos próximos dias.

O fechamento de um aeroporto pelo período de quase um mês, como está prevista a interrupção nas operações do Salgado Filho, em Porto Alegre, é sem precedentes na história da aviação brasileira

A concessionária interrompeu por tempo indeterminado todos os pousos e decolagens na última sexta-feira quando a pista ainda não estava tomada pela água, após companhias aéreas suspenderem voos para Porto Alegre.

Não levou muito tempo para a pista sumir no meio da água, que atingiu os terminais. Há imagens das cadeiras na sala de espera para embarque e escadas rolantes no meio da inundação.

No sábado (4), quando a água invadiu o local, o terminal de passageiros foi fechado e o aeroporto acabou evacuado. Um cargueiro e aeronaves executivas ficaram no alagamento.

Nesta sexta, o site Aeroin mostrou que o alagamento voltou a subir, aumentando o impacto causado às aeronaves —algumas estavam quase embaixo d'água.

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