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Descrição de chapéu vale do javari indígenas

PF prende suspeito de ser braço direito de mandante do assassinato de Bruno e Dom

Reportagem apurou que se trata de Jânio Freitas de Souza, aliado de Colômbia, apontado como mandante da morte de indigenista e jornalista

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Brasília

A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (18), um homem apontado como informante e aliado do mandante do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips em junho de 2022.

O nome do suspeito não foi divulgado, mas a Folha apurou que se trata de Jânio Freitas de Souza, conhecido por ser braço direito de Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, acusado de liderar uma organização criminosa de pesca ilegal na região do Vale do Javari.

O mandado de de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal de Tabatinga (AM), responsável pela investigação. Mais cedo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, antecipou pelas redes sociais que mais uma pessoa envolvida no assassinato havia sido presa.

Manifestação em homenagem a Dom Phillips e Bruno mortos em junho de 2022 no Vale do Javari, na Amazônia - Eduardo Anizelli/Folhapress

"Foi preso pela Polícia Federal mais um envolvido na organização criminosa que perpetrou os homicídios contra Bruno Pereira e Dom Phillips. Mais informações em breve", escreveu Dino.

Segundo a investigação, os executores do crime foram Amarildo Oliveira, o Pelado; Oseney de Oliveira, o Dos Santos (irmão de Amarildo); e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.

Em outubro de 2023, a Justiça Federal no Amazonas acatou a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) e determinou que os três sejam levados a júri popular. Na época, a defesa deles declarou que "a decisão é omissa e contraditória com o que há no processo" e que iria recorrer.

Na decisão, o juiz federal Wendelson Pereira Pessoa, da Vara Federal de Tabatinga, citou três agravantes dos crimes cometidos: a existência de uma emboscada, motivo torpe e tentativa de assegurar a impunidade de um crime, com o assassinato do jornalista britânico que acompanhava o indigenista.

Ainda no âmbito da PF, a investigação indicou que o mandante é Colômbia. Ele foi preso inicialmente em julho de 2022 por uso de documento falso, ao se apresentar à polícia. Pagou fiança e foi colocado em liberdade, mas voltou a ser preso em dezembro daquele ano.

Bruno e Dom foram mortos quando navegavam pelo rio Itaquaí, na parte de fora da Terra Indígena Vale do Javari, na fronteira do Brasil com Peru e Colômbia. Eles seguiam para Atalaia do Norte (AM), cidade vizinha da terra indígena.

O duplo assassinato foi cometido pelos pescadores ilegais e motivado pela atuação de Bruno contra a pesca ilegal na terra indígena, conforme a denúncia do MPF.

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