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Descrição de chapéu São Paulo

'Disneylândia do Sumaré', em São Paulo, é desmontada após mais de 50 anos

Parque gratuito fundado por morador da região esteve fechado nos últimos anos, após morte do criador

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São Paulo

Um carrossel girou por mais de 50 anos no bairro do Sumaré, na zona oeste de São Paulo, divertindo crianças e adultos. Nesta sexta-feira (24), o brinquedo parou de rodar para sempre.

Acabou a diversão na Adalbertolândia, um parque gratuito para a garotada da região construído pelo publicitário Adalberto Bueno, em 1969. Todos os equipamentos instalados em um terreno na esquina das ruas Professor Paulino Longo e Plínio de Morais têm sido removidos desde a manhã desta sexta.

Ocorre que desde a morte do criador da atração, no início de 2022, a família não conseguiu cuidar do local. A ferrugem e o mato alto foram dominando tudo, e os portões do parque então foram trancados à época.

Adalbertolândia, parque infantil que funcionava em terreno particular no Sumaré, zona oeste de São Paulo, foi desmontado - Gustavo Simon/Folhapress

A falta de operação causou outro problema. O terreno da Adalbertolândia, que havia sido cedido, foi reivindicado pelo proprietário. "Hoje recebemos notificação de que o terreno seria limpo, só não imaginávamos que ia ser tanto assim", disse Vivian Bueno, 63, filha de Adalberto.

O projeto do parque nasceu do incômodo do homem diante de crianças correndo pelas ruas, sem um local adequado e seguro para recreação. Arquitetou, então, sua própria Disneylândia e fez os brinquedos. Vendo aquilo, os vizinhos ajudaram com doações e mão de obra.

Quando tudo estava pronto, veio o batismo. O nome foi ideia dos moradores do entorno como forme a de homenagear o idealizador.

A Copa do Mundo de 1970 foi especial para o para os frequentadores. Adalberto fez uma caixinha para colocar uma televisão ali e todos assistiram juntos aos jogos da seleção brasileira, que terminaria campeã. O evento reuniu várias famílias e selou amizades ainda vigentes.

"Eu poderia olhar esta mudança com olhos lacrimejantes de tristeza. Mas opto por olhar com o coração cheio de amor e boas lembranças, sabendo que esse lugar proporcionou tantos momentos alegres a tantas crianças e familiares", disse Vivian,

Marcos, seu irmão, e Verita, a mãe, também carregam o legado de Adalberto.

"Convido a todos que brincaram nesse parquinho a fazerem o mesmo. Mantenham dentro de seus corações toda linda memória criada lá, todas as amizades que lá cresceram, todas as boas lições que lá aprenderam", concluiu Vivian.

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