Um assalto a uma farmácia na manhã de sexta-feira (16), na zona leste de São Paulo, terminou com troca de tiros, um dos suspeitos baleados e uma mulher que estava em um ônibus acabou atingida por estilhaços de um vidro quebrado.

O crime ocorreu na avenida Renata, na Vila Formosa e dois homens, de 22 e 24 anos, foram presos em flagrante, segundo a polícia.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, policiais militares atenderam a ocorrência e verificaram que um trio havia assaltado uma farmácia.

Um policial militar à paisana, de 36 anos, que estava no local, interveio. A SSP não informa se os disparos foram dados por esse PM ou por um dos outros que atenderam a ocorrência.

Na ação, um dos homens acabou preso e outros dois conseguiram fugir. Um deles foi localizado posteriormente ao dar entrada baleado no Hospital Santa Marcelina. Um terceiro suspeito fugiu.

Durante o confronto, um dos disparos atingiu um ônibus de transporte público. Uma das passageiras foi atingida por estilhaços de vidro da janela e socorrida à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Tatuapé, onde foi medicada e liberada.

As armas envolvidas na ação foram apreendidas para perícia e o caso registrado como posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, legítima defesa e roubo pelo 30º Distrito Policial (Tatuapé), que requisitou perícia, afirma a nota da secretaria.

A cidade de São Paulo tem registrado uma série de roubos a farmácias. Quadrilhas buscam medicamentos de alto custo, como o Ozempic, fármaco indicado para diabeter e procurado por quem busca emagrecer.

Esse tipo de crime feito grandes redes de drogarias repensarem a logística e reduzirem o estoque desses remédios em suas unidades em São Paulo, conforme mostrou a Folha.

Recentemente, a Polícia Civil desarticulou um dos grupos que atacam farmácias pela capital. A investigação resultou na prisão de dez pessoas. Foram identificados os ladrões da base —aqueles que assaltam—, o receptador, um intermediário e donos de pequenas farmácias, destino de alguns dos medicamentos.

O esquema ocorria em torno da cidade de Guarulhos, onde vivia um dos receptadores identificados. Durante uma busca, por exemplo, os investigadores localizaram na cidade da Grande São Paulo um produto que havia sido roubado na noite anterior de uma farmácia nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, no Morumbi.

Policiais também já encontraram na capital paulista medicamentos roubados em Jaboatão dos Guararapes (PE), por exemplo.

Além do repasse para comércios de menor porte, localizados muitas vezes em bairros de periferia, a quadrilha descoberta vendia produtos roubados por meio das redes sociais.