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Missionário, estendeu a mão aos dependentes químicos

Haroldo Joseph Rahm morreu dia 30 de novembro, aos 100 anos

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São Paulo

Benevolência e esperança para famílias em situação de vulnerabilidade social. É o que o padre Haroldo Rahm representou para os brasileiros. 

O missionário, que virou referência nacional na luta contra a dependência química, viveu o problema no seio familiar: seu pai morreu por complicações do alcoolismo.

Haroldo nasceu em Tyler, no Texas (EUA), onde desenvolveu trabalhos sociais com jovens. Chegou ao Brasil em 1965 e se instalou em Campinas (a 93 km de SP). Em 1986, foi naturalizado brasileiro. 

Haroldo Joseph Rahm (1919-2019) e a enfermeira Karla Lower Ponciano - Arquivo pessoal

Fundou a Renovação Carismática Católica no país e diversas obras religiosas e sociais, entre elas o Centro de Promoção para um Mundo Melhor, que oferece oficinas culturais gratuitas a crianças e adolescentes, e a Associação Promocional Oração e Trabalho (em 1978), que foi rebatizada como Instituto Padre Haroldo.

Desde 1978, o instituto beneficiou cerca de 100 mil pessoas. Hoje, atende mais de 2.000 pessoas por mês.

Era considerado por todos um pai amoroso e cuidadoso. A enfermeira psiquiátrica Karla Lower Ponciano, 46, é grata ao padre pela forma como tratou seu irmão, dependente químico.

“Em 2014, meu irmão ficou internado por sete meses no Instituto Padre Haroldo. Ele ganhou a confiança do padre e tornou-se seu motorista. Um dia, ao levar outro interno ao dentista, retornou com maconha, perdeu a vaga e ficou em situação de rua. Durante um evento em São Paulo, entreguei uma carta pedindo que aceitasse meu irmão de volta na clínica e o padre reconsiderou”, conta.

Haroldo Joseph Rahm morreu dia 30 de novembro, aos cem anos, de parada cardiorrespiratória.
 

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