O documentário da Folha "Desconectados", que aborda os impactos da pandemia na educação pública, será exibido no Canal Futura. A primeira exibição na TV ocorre na próxima sexta-feira (12), às 23h.

O filme ainda tem uma reexibição agendada para o sábado (13) às 20h.

O longa-metragem aborda os desafios e esforços de estudantes, famílias e educadores durante a pandemia de Covid-19. As gravações foram realizadas na capital federal em 2021 e 2022.

"Desconectados" foi selecionado para o 8º Festival Internacional de Cinema de Brasília, em 2022, com quatro projeções em diferentes locais da capital federal. A produção também recebeu o Prêmio Folha de 2022 na categoria iniciativa editorial.

No ano passado, "Desconectados" teve uma série de pré-estreias em cinemas pelo país. A primeira, em agosto, aconteceu no Espaço Itaú de Cinema em São Paulo. Depois o filme seguiu por Brasília, Salvador, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, itinerário que incluiu exibições seguidas de debates.

A produção da Folha tem parceria com o Instituto República. Fundada em 2016, a entidade atua na pauta da melhoria da gestão de pessoas do serviço público brasileiro.

O longa-metragem é dirigido pelos jornalistas da Folha Pedro Ladeira e Paulo Saldaña e pela cineasta Ana Graziela Aguiar. O roteiro e a montagem são assinados por Nicollas Witzel, e a produção executiva é da editora da TV Folha, Beatriz Peres.

O diretor do Canal Futura, José Brito, ressalta que filme alguns dos principais desafios educacionais atuais do país —da dificuldade de conectividade em algumas escolas aos problemas de saúde mental dos alunos.

"O filme é um suco de Brasil na veia, fundamental para identificarmos problemas e oportunidades para políticas públicas de qualidade. Uma obra para se debater com educadores, estudantes e famílias", diz Brito.

O documentário retrata o percurso entre o fechamento e o retorno à escola, investigando a realidade imposta pela pandemia de desconexão com amigos, com o aprendizado e com o próprio ambiente escolar.

"'Desconectados' é resultado de um trabalho insistente que ajuda a contar um pouco da história da educação no Brasil, não só no período da pandemia", diz o editor de Projetos Especiais e Parcerias da Folha, Roberto de Oliveira. "É importante que chegue a diferentes cantos do país por meio de parcerias que ajudem a manter o documentário vivo".

O Brasil foi um dos países com maior tempo de escolas fechadas durante a pandemia. O segundo semestre de 2021 marcou o retorno presencial na maior parte do país após o fechamento das unidades, iniciado em março de 2020.

Os 38 milhões de alunos de escolas públicas enfrentaram uma média de 287 dias sem escola —o equivalente a cerca de um ano letivo e meio sem aulas. Pesquisas e avaliações já mostraram prejuízos para a educação.

Este é o segundo longa-metragem produzido pela Folha. Em 2014, o jornal lançou "Junho - O Mês que Abalou o Brasil", dirigido por João Wainer, sobre as manifestações que tomaram o país no ano anterior.