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Descrição de chapéu The New York Times

Robert Norris, o cowboy da Marlboro que não fumava, morre aos 90 anos

Vários homens estrelaram a campanha, que reposicionou a marca no mercado mundial

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Mariel Padilla
Nova York | The New York Times

Robert C. Norris, um cowboy conhecido por seu papel como "Homem Marlboro" em comerciais de TV para a marca de cigarro morreu em 3 de novembro em Colorado Springs, aos 90 anos.

Sua morte, em uma clínica de cuidados paliativos, foi anunciada no site de uma fazenda sua. A causa não foi citada. 

Norris, retratado nos comerciais de Marlboro com um cigarro na mão ou na boca, foi o rosto da marca por mais de uma década.

O ator Robert Norris, o 'cowboy' dos cigarros Marlboro - Divulgação

Segundo seu filho Bobby Norris, ele foi abordado em sua fazenda depois que publicitários o viram em uma foto com o ator John Wayne, de quem era amigo. 

O Homem Marlboro apareceu pela primeira vez em 1955 depois que a Philip Morris e a agência de publicidade Leo Burnett repaginaram a marca de cigarros. Norris foi um dos muitos homens que incorporaram o Homem Marlboro durante décadas da campanha.

A Marlboro foi fundada como uma marca de cigarros femininos antes de ser reposicionada como um produto masculino de personalidade cowboy rústica.

"A campanha é uma das mais bem-sucedidadas de todos os tempos", afirma Scott Ellsworth, professor da Universidade de Michigan e ex-historiador oral do Smithsonian, que conduziu cerca de 60 entrevistas com homens que estrelaram a campanha, executivos da Philip Morris e funcionários da Leo Burnett.

A peça publicitária ajudou a Marlboro a se tornar uma das maiores marcas de cigarro em 1972. Mais de 43% de todos os cigarros vendidos nos EUA são Marlboro, segundo a Forbes.

Apesar de nunca ter fumado, Norris foi o Homem Marlboro em comerciais que passaram por 14 anos nos EUA e na Europa. Ele depois abandonou a campanha porque disse que sentia que era um mau exemplo para seus filhos. 

Em 1964, a associação de médicos dos EUA declarou que o tabagismo era um risco para a saúde, e a indústria do cigarro enfrentou regulações cada vez mais duras. A Philip Morris admitiu décadas depois que o cigarro causa câncer de pulmão depois de enfrentar pressões de processos judiciais, reguladores e do Congresso americano.

Em 1971, uma lei federal vetou propagandas de cigarro na TV e no rádio, e a campanha do Homem Marlboro, entre outras, foi cancelada, mas só no final dos anos 1990.

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