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Vacina da Pfizer recebe autorização na Europa, e é testada contra linhagem mais transmissível do coronavírus

Imunizante tem registro para uso emergencial ou temporário em mais de 40 países ao redor do mundo

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São Paulo, Zurique e Frankfurt | Reuters

A vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 desenvolvida pela farmacêutica Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech recebeu autorização condicional para uso pela Comissão Europeia. A decisão segue uma recomendação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e permite o início da imunização nos 27 países membros da União Europeia assim que as doses estiverem disponíveis.

Segundo a Pfizer, a União Europeia tem um acordo com a empresa para a compra de 200 milhões de doses do produto, com a opção de uma aquisição extra de mais 100 milhões de unidades.

Até o final de 2020, a empresa deve enviar 12,5 milhões de doses da Comirnaty —como é chamada a vacina— aos países do bloco. Como a imunização acontece com a aplicação de duas doses com um intervalo de três semanas entre elas, a quantidade é suficiente para vacinar cerca de 6,25 milhões de pessoas.

A Comissão Europeia disse em redes sociais que a vacinação deve começar em breve. Com a autorização para uso nos 27 países da União Europeia, a Cominarty tem agora registro para uso temporário ou emergencial em mais de 40 países pelo mundo.

"Hoje adicionamos um importante capítulo da história do sucesso europeu ao tornar disponível a primeira vacina contra a Covid-19 para os europeus", afirmou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. "A vacina estará disponível para todos os países da União Europeia ao mesmo tempo e sob as mesmas condições", completou.

A vacinação na União Europeia começa em meio à descoberta de uma nova variante do vírus no Reino Unido que demonstrou ser mais infecciosa do que as anteriormente conhecidas. A BioNTech afirma que está testando a eficiência da vacina contra a nova linhagem.

Apesar do maior potencial de transmissibilidade, especialistas afirmam que a eficácia das vacinas contra a doença não deve ser afetada.

O anúncio da descoberta provocou caos em toda a região —países suspenderam as rotas de viagens com o Reino Unido e transtornaram o comércio na iminência do feriado de Natal.

Ainda no fim de novembro a Pfizer anunciou o fim dos testes clínicos (em humanos) de fase 3, a última antes da aprovação por agência regulatória. No comunicado, a empresa afirmou que a vacina possui eficácia de 95% para prevenir a Covid-19. Os dados foram confirmados neste mês com a publicação do estudo em revista científica.

A aprovação para uso na União Europeia segue a validação dada ao imunizante por potências como Reino Unido e Estados Unidos e coroa a vacina da Pfizer como uma das maiores realizações científicas da pandemia até o momento.

O Brasil, ainda sem registro de um imunizante contra a Covid-19 e sem previsão de data para início da campanha de vacinação, tem um acordo para compra de 70 milhões de doses da Cominarty. Na América do Sul, o Chile é o único país a autorizar a substância, e deve iniciar a imunização ainda em dezembro.

Pfizer e BioNTech disseram que esperam produzir 1,3 bilhão de doses em 2021. Executivos da empresa de biotecnologia alemã disseram que buscam maneiras de fortalecer a capacidade produtiva da empresa para atender à demanda global agora que governos estão lutando para domar uma pandemia que já matou cerca de 1,7 milhão de pessoas e arrasou economias em todo o mundo.

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