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Descrição de chapéu Coronavírus

Adesão à vacinação contra a gripe está abaixo de 30% em SP

A meta é atingir uma cobertura mínima de 90% no público de 18,5 milhões de pessoas; vacina contra a Covid-19 deverá ser priorizada

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São Paulo

A campanha de vacinação contra o vírus influenza está com baixa adesão no estado de São Paulo.

Dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam que das 5,5 milhões de pessoas do primeiro grupo prioritário elencadas para tomar a vacina até 10 de maio, até esta quinta-feira (6) apenas 1,4 milhão havia aderido à campanha —978,4 mil crianças (29,6%), 114,7 mil gestantes (26,2%), 342,9 mil profissionais da saúde (22,1%), 21,4 mil puérperas (29,9%) e 3,7 mil indígenas (63,7%).

A meta é atingir uma cobertura mínima de 90% do público-alvo, que no total é de 18,5 milhões de pessoas.

No DRS (Departamento Regional de Saúde) da Grande São Paulo, que engloba 39 municípios, entre eles a capital paulista, foram aplicados 475, 5 mil doses em crianças (29,4%), 51,6 mil em gestantes (23,6%) e 8,8 mil em puérperas (24,7%). A adesão mais baixa, de 19,6%, foi dos trabalhadores da saúde (151,1 mil). Todos os indígenas estão imunizados (1,4 mil doses aplicadas).

Para a diretora de Imunização da Secretaria Estadual da Saúde, Nubia Araújo, a pandemia concentra a atenção na imunização contra a Covid-19 e deixa a da gripe de lado.

“Fazemos um apelo aos nossos trabalhadores do SUS e dos serviços privados para que deem o exemplo e se vacinem. Também solicitamos às famílias que cuidem da vacinação das crianças e das gestantes ou das mulheres que tiveram seus bebês recentemente. Isso é um gesto de amor e cuidado", diz Araújo.

Em todo o país, 8,5% de 79,7 milhões de brasileiros estão imunizados, segundo o vacinômetro do site Localiza SUS. No total, foram aplicados 6.825.044 doses da vacina contra a gripe.

A alta de casos de Covid-19 e da taxa de ocupação de leitos da UTI também reforça o alerta para a importância da proteção contra o vírus influenza. “Com a vacinação, temos redução de hospitalização e de mortes por influenza”, afirma.

Como as duas campanhas de vacinação —contra a gripe e a Covid-19—coincidem, a orientação é priorizar a vacina contra a Covid-19 e respeitar o intervalo mínimo de 14 dias entre as duas.

“O cidadão pode contribuir, mas o profissional de saúde deve fazer essa verificação. Deveriam vir primeiro os de 90, 80, 70 e 65 para cima”, alerta Araújo.

“São três mantras principais: a vacina de Covid-19 é prioridade, o intervalo é de 14 dias entre a vacina de Covid-19 e influenza ou qualquer outra e não recomendamos o adiamento da vacina da Covid-19”, completa.

No dia 11 de maio, começará a segunda fase da vacinação contra a gripe. Pessoas com 60 anos ou mais, além de profissionais de escolas públicas e privadas terão até 8 de junho para procurarem as unidades de saúde.

Entre 9 de junho e 9 de julho será a vez de outros grupos: pessoas com comorbidades (doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais); pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; portuários; forças de segurança e salvamento; forças armadas; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.

A vacina é totalmente segura e não causa gripe, porque é composta apenas de fragmentos do vírus que geram a imunidade.

O imunizante deste ano é constituído por três cepas de Influenza: A/Victoria/2570/2018 (H1N1)pdm09; A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).

A vacina, além de proteger contra a gripe, reduz o risco de complicações respiratórias e de pneumonia. São necessárias duas semanas para que comece a fazer efeito. Por isso, a campanha acontece no outono, para oferecer proteção no inverno, quando ocorre maior circulação do vírus influenza.

A vacina contra o vírus influenza poderá ser administrada junto com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação —exceto a da Covid-19. Ela é contraindicada para crianças menores de seis meses e pessoas com histórico de anafilaxia a doses anteriores.

Se pessoas alérgicas a ovo apresentam apenas urticária após a ingestão do alimento, não há necessidade de cuidados especiais para receber a vacina; em caso de alergias graves, é necessário que a vacina seja aplicada em locais de atendimento de urgência e emergência e sob supervisão médica.

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