Pernambuco identifica quatro casos de dengue tipo 3, sem epidemia há 15 anos
Três mulheres e um homem foram infectados; nenhum dos pacientes teve intercorrências graves
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A Secretaria Estadual da Saúde de Pernambuco identificou quatro casos do sorotipo 3 da dengue. No Brasil, a linhagem estava desaparecida há cerca de 15 anos.
As amostras positivas foram confirmadas nesta terça-feira (28) pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco) e pertencem a três mulheres e um homem que moram num mesmo endereço da cidade do Paulista. Nenhum dos pacientes teve intercorrências graves.
Há pouco mais de uma semana, outros quatro casos de dengue 3 haviam sido confirmados em Votuporanga (a 521 km de São Paulo).
Em setembro, o professor da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Kleber Luz, coordenador do Comitê de Arboviroses da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e consultor para arboviroses da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), alertou para a possibilidade de uma epidemia de dengue 3.
"Há chance de uma epidemia mais importante, com mortes", disse o infectologista à reportagem.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos. Quando um indivíduo é infectado por um deles adquire imunidade contra aquele subtipo, mas ainda fica suscetível aos demais. Existe o perigo da dengue grave, que ocorre com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente por outro sorotipo. É o que pode acontecer com a infecção pelo tipo 3.
Entre os sinais de alerta estão os clássicos, como febre, manchas vermelhas pelo corpo, dor abdominal, vômito persistente, acompanhados também de sangramento na gengiva, nariz ou na urina. Ao perceber qualquer sintoma, a orientação é para que o cidadão procure atendimento médico na unidade de saúde mais próxima.
O Ministério da Saúde afirmou que tem monitorado as amostras do subtipo, que neste ano também foram detectadas no Paraná, em Santa Catarina e no Distrito Federal. Após investigação epidemiológica verificou-se que eram oriundas de pacientes estrangeiros.
Kleber luz afirma que as vigilâncias municipais e estaduais precisam capacitar médicos e enfermeiros para o manejo. Também é necessário equipar e preparar as unidades de saúde, hospitais e UTIs (unidades de terapia intensiva) para um grande número de doentes, além de criar ou implementar os planos de contingência.
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