Siga a folha

Descrição de chapéu Dengue Projeto Saúde Pública

Saúde muda projeção e diz que país pode ter 4,2 milhões de casos de dengue em 2024

Pasta havia dito no ano passado que no pior cenário, Brasil teria 5 milhões de registros

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

A Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, revelou que há uma projeção de 4,2 milhões de casos de dengue no país em 2024. O número diverge da estimativa dada no final de 2023, quando a secretaria afirmou que no pior cenário da dengue o país poderia chegar a 5 milhões de casos.

Segundo os dados pasta, o ano anterior registrou 1,6 milhão de registros prováveis, indicando a possibilidade de quase três vezes mais casos neste ano em relação ao período anterior.

Pacientes com suspeita de dengue são atendidos em hospital de campanha em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal - Pedro Ladeira/Folhapress

A projeção foi feito pelo InfoDengue da Fiocruz, que tem colaborado com o trabalho do COE (Centro de Operações de Emergência) da dengue. A estimativa anterior, divulgada em dezembro passado, também foi realizada em parceria com a instituição.

"Seria um crescimento muito maior do que nós tivemos o ano passado, mas nós nos preparamos para o pior cenário. Se ele não vier, melhor ainda, mas quando nós temos as pesquisas que indicam que pode acontecer, nós nos preparamos para isso junto com estados e municípios", disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira (9).

De acordo com dados da pasta, o Brasil registra um total de 395.103 casos prováveis de dengue, com 53 óbitos confirmados até esta sexta. O Distrito Federal é a unidade da federação com maior coeficiente de incidência de casos de dengue no país

Segundo a secretária, existem alguns fatores que têm contribuído para o aumento de casos. As altas temperaturas têm ajudado na reprodução do mosquito transmissor da dengue.

Além disso, o país conta com quatro sorotipos da doença circulando ao mesmo tempo e a pasta percebeu um comportamento diferente do mosquito Aedes aegypti, que está picando durante todo o dia.

"A gente estava sem circulação no Brasil há 15 anos de alguns sorotipos no Brasil. Isso faz com que nós tenhamos muitas pessoas, principalmente crianças e adolescentes, que não entraram em contato com esse sorotipos, então é uma preocupação", afirmou.

Ethel disse que a pasta trabalha com prevenção e cuidado. Na sua visão, o ponto central é a redução de óbitos.

O Ministério da Saúde iniciou nesta quinta-feira (8) a distribuição das vacinas contra dengue. Receberão o primeiro lote, com 712 mil doses, os estados de Goiás, Bahia, Acre, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Amazonas, São Paulo e Maranhão, bem como o Distrito Federal.

Inicialmente, a vacina será aplicada em crianças de 10 a 11 anos e, conforme a farmacêutica Takeda entregar novos lotes, o grupo será ampliado. A previsão é vacinar todo esse público até o final de março nos 511 municípios selecionados.

De acordo com a pasta, o Distrito Federal e Goiás já receberam as primeiras remessas da Qdenga e os demais irão receber o imunizante ao longo dos próximos dias.

A capital federal começou a vacinação nesta sexta em crianças de 10 a 11 anos. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, esteve presente em uma unidade de saúde ao lado de membros do governo do DF para dar início a imunização.

"Eu estou aqui porque é um momento histórico, há 40 anos se espera por uma vacina para dengue. Já houve vacina desenvolvida não tão bem sucedida, e agora tem uma vacina incorporada ao SUS [Sistema Único de Saúde]. Mesmo sem epidemia nós começaríamos a vacinação porque a dengue é um problema de saúde pública há muito tempo", disse a ministra, na ocasião.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também instituiu um grupo de trabalho com o objetivo de apresentar recomendações e emitir pareceres quanto ao desenvolvimento de vacinas contra chikungunya, dengue e zika vírus.

O grupo de trabalho será formado por dez especialistas em arboviroses, que darão suporte acadêmico à equipe técnica da agência, auxiliando nas discussões de temas complexos e eventualmente emitindo pareceres de suporte à análise da Anvisa, bem como orientações gerais para apoio aos desenvolvedores.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas