Tratamento de saúde adia depoimento de Pelé em processo sobre propina no COI
Ex-jogador será testemunha de defesa de Nuzman em investigação sobre compra de votos
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Um tratamento de saúde adiou o depoimento de Pelé ao juiz Marcelo Bretas sobre a denúncia de compra de votos de membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) para a eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016.
Ele foi arrolado como testemunha de defesa de Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do comitê organizador da Rio-16 e do COB (Comitê Olímpico do Brasil), um dos réus no caso. Inicialmente previsto para ocorrer na próxima segunda-feira (14), a videoconferência do ex-jogador foi adiada para o dia 29.
De acordo com documento do oficial da Justiça Federal, o advogado de Pelé, Paulo Gustavo, afirmou na terça-feira (8) que a o ex-jogador estava em Brasília para um tratamento de saúde. Ele só retornará a Santos na próxima terça-feira (15).
Pelé convive com problemas médicos desde 2012. De lá para cá, foi submetido a três cirurgias –no fêmur, no menisco e na coluna.
O ex-jogador já havia cancelado em janeiro ida a Londres para uma homenagem da associação de cronistas esportivos da Inglaterra, FWA (Football Writers' Association).
Ele usou um andador para se movimentar na festa de abertura do Estadual do Rio deste ano. Em dezembro do ano passado, participou do sorteio dos grupos da Copa do Mundo da Rússia se locomovendo em cadeira de rodas, entrando no local do sorteio empurrado por ajudantes.
A defesa de Nuzman, contudo, insiste na oitiva do ex-jogador. Pelé fez diversas viagens pela África como um dos principais garotos-propaganda da candidatura do Rio.
Ele também será questionado especificamente pela defesa de Nuzman sobre uma viagem feita à Nigéria em julho de 2009 com membros do comitê de candidatura da Rio-2016.
Em depoimento aos procuradores brasileiros e franceses, Eric Maleson, ex-presidente da CBDG (Confederação Brasileira de Desportos no Gelo), afirmou que meses após a viagem à Nigéria o ex-secretário municipal Ruy César "lhe tinha indicado que o encontro tinha se passado bem e lhe tinha feito compreender que o dinheiro tinha sido pago".
Maleson prestará depoimento na segunda (14). Ele foi arrolado como testemunha de acusação pelo Ministério Público Federal.
Nuzman é acusado, junto com o ex-governador Sérgio Cabral (MDB) e o ex-diretor da Rio-16 Leonardo Gryner, de ter pago ao menos US$ 2 milhões ao senegalês Lamine Diack, ex-membro do COI, em troca de votos para a candidatura da cidade brasileira.
A Folha revelou nesta sexta-feira (11) que o economista Carlos Emanuel Miranda, espécie de gerente da propina de Cabral, afirmou ter ouvido do ex-governador na cadeia que a propina paga a Diack comprou quatro votos no COI.
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