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Platini é detido na França em investigação sobre Copa no Qatar

Ex-jogador francês presidiu a Uefa até 2016 e foi punido pela Fifa

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Paris | AFP

O ex-jogador francês Michel Platini, que presidiu a Uefa entre 2007 e 2015, foi detido nesta terça-feira (18), em Paris, em uma investigação sobre suspeitas de corrupção na escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022. A detenção foi revelada pelo site Mediapart e confirmada pela agência AFP.

Platini, 63, está sob custódia policial no prédio do Escritório Anticorrupção da Polícia Judiciária em Naterre, próximo a Paris.

A Procuradoria Nacional de Finanças (PNF) abriu em 2016 uma investigação preliminar por suspeitas de corrupção no processo de escolha da Fifa para as sedes dos Mundiais de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar).

Michel Platini, em Mônaco - Valery Hache-28.ago.15/AFP

As autoridades francesas se interessam particularmente por uma "reunião secreta" que teria acontecido no Palácio do Eliseu em 23 de novembro de 2010, na qual teriam participado o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, o príncipe do Qatar Tamim bin Hamad al-Thani e Michel Platini, que na época era presidente da Uefa e vice-presidente da Fifa.

O encontro ocorreu um mês antes da votação que definiu o Qatar como país que sediará o Mundial de 2022. 

O secretário-geral do Palácio do Eliseu durante a presidência de Sarkozy, Claude Guéant, também está sendo interrogado por investigadores da unidade anticorrupção da polícia judicial na mesma investigação, de acordo com as mesmas fontes.

A escolha do Qatar como sede da Copa de 2022 pelos membros do comitê executivo da Fifa foi um dos estopins da grave crise que abala a entidade desde 2015.

Em outubro de 2015, o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter acusou a França de financiar um lobby pela escolha do país asiático. O dirigente suíço mencionou um "acordo diplomático" para que os Mundiais de 2018 e 2022 acontecessem na Rússia e Estados Unidos, mas este plano fracassou após "a interferência governamental de Sarkozy". O ex-presidente francês nega qualquer intervenção. 

Suíça e Estados Unidos também iniciaram investigações relacionadas ao processo de escolha das sedes das duas Copas.

Platini deixou a Uefa em 2016. A renúncia ocorreu após ser punido pela Fifa. O francês foi banido de qualquer atividade com o futebol por seis anos após ferir o código de ética da Uefa ao aceitar um pagamento indevido de 1,8 milhão de euros (cerca de R$ 7,8 milhões em valores atuais) por uma assessoria a Joseph Blatter.

O cartola recorreu à punição na Suíça, mas, mesmo assim, acabou renunciando ao cargo que tinha na federação de futebol da Europa.

 

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