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Tour de France anima locais em raro começo sem favorito

Ausência de alguns ciclistas consagrados faz franceses acreditarem em título

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São Paulo

O Tour de France, a maior e mais tradicional prova de ciclismo de estrada do mundo, começa neste sábado (6) de forma bastante atípica: sem favoritos. Isso acrescenta ainda mais emoção à prova, que deve ser definida etapa por etapa.

O Tour acontece em 21 estágios, partindo de Bruxelas, na Bélgica. O percurso passa pelo leste da França, nos Alpes, com duras etapas nas montanhas, e segue ao Sul, terminando de forma triunfal na Champs-Élysées, em Paris.

Com etapas tão distintas, como em montanhas, estradas planas e de contrarrelógios, vence o ciclista mais completo e com a equipe mais preparada para apoiá-lo.

Time Movistar treina antes do Tour de France - Gonzalo Fuentes/REUTERS

Em geral, a imprensa especializada faz suas apostas de acordo com o desempenho dos ciclistas em outras voltas e provas importantes prévias ao Tour de France.

Uma delas é o Critérium do Dauphiné, nos Alpes Franceses, justamente onde o tetracampeão e então favorito ao título Christopher Froome deu adeus à edição 2019.

Durante uma volta de treino, o inglês atingiu um muro a 60km/h. O acidente foi grave, e Froome precisou ser hospitalizado com o fêmur, ombro e algumas costelas fraturadas. O atleta passou por seis horas de cirurgia.

"Existem quedas e quedas feias, essa foi uma queda muito feia. É um acidente sério. Claramente ele não estará na largada do Tour de France", anunciava na tarde do mesmo dia David Brailford, gerente da equipe ao podcast especializado em ciclismo Bespoke, da BBC.

Froome foi um dos ciclistas mais bem sucedidos da Sky, equipe multimilionária que produziu seis campeões da volta e trocou de patrocínio neste ano. No ciclismo, as equipes existem em função do seu principal patrocinador. O time acabou custeado pela indústria química Ineos e passou a adotar esse nome.
Sem o inglês, as principais apostas recaíam sobre o holandês Tom Dumoulin, vencedor do Giro de Itália e campeão mundial de contrarrelógio em 2017, mas uma lesão no joelho fez com que ele também ficasse de fora.

Outra ausência significativa na competição deste ano é a do inglês Mark Cavendish. Sua habilidade em sprints no final das provas lhe rendeu 30 vitórias em etapas do Tour, ficando atrás apenas da lenda Eddy Merckx, com 38.

Cavendish tentaria bater o recorde nesta volta e entrar para a história, não fosse o rendimento pífio que teve durante a temporada, que fez a equipe deixá-lo de fora da lista e levantou especulações sobre sua aposentadoria.

Essas lacunas fazem principalmente os locais franceses e os colombianos sonharem com o título. Entre a dezena de ciclistas com potencial de brilhar durante a volta estão três do país sul-americano.

Egan Bernal venceu a duríssima Paris-Nice e o Tour da Suíça deste ano. Rigoberto Urán terminou o Tour de France em segundo em 2017, fez boa temporada em 2018 e pode surpreender.

 

​Nairo Quintana é a eterna promessa. Já venceu um Giro de Itália, em 2014, e a Volta a Espanha, em 2016. Em 2018, terminou o Tour de France entre os dez primeiros, mostrando que pode disputar um lugar no topo neste ano.

Caso um dos colombianos suba ao pódio, confirmará o bom momento sul-americano nas principais voltas do ciclismo de estrada.

O Giro deste ano foi vencido pelo equatoriano Richard Carapaz, que no entanto não disputa o evento francês.

A França também tem motivos para acreditar. Faz 34 anos que um ciclista do país não sobe ao primeiro lugar do pódio. Entre os candidatos a quebrar a marca estão o forte escalador Jul ian Alaphilippe, que deve brilhar nos Alpes. Outro campeão das montanhas é Romain Bardet, que pode se beneficiar do percurso montanhoso deste ano.

Tibaut Pinot já foi uma forte aposta dos franceses para brilhar na Champs Elisées, mas não vingou. Este ano vem em uma temporada positiva.

Nada é garantido no Tour de France, uma prova longa e complexa, que costuma ver favoritos caírem (literalmente) pelo caminho e jovens promessas despontarem.

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