Patrocinadora de Tóquio-2020, Toyota desiste de fazer comercial e boicota abertura
Líder de vendas de automóveis, empresa japonesa investiu R$ 5 bilhões em Tóquio e Paris-2024
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Diante da rejeição do povo japonês à realização da Olimpíada de Tóquio, a montadora de automóveis Toyota decidiu não circular mais nenhuma campanha publicitária relacionada ao megaevento.
A empresa também disse nesta segunda (19) que seu presidente, Akio Toyoda, não deverá comparecer à cerimônia de abertura. Fechada ao público, a festa reunirá na sexta (23) apenas convidados, entre os quais patrocinadores, chefes de estado e membros das delegações que vão competir em Tóquio.
A rejeição da população japonesa acontece devido ao recrudescimento da pandemia de Covid-19 e à declaração do quarto estado de emergência na cidade, decretado pelo governo do premiê Yoshihide Suga.
Até o dia 23 de agosto, por exemplo, está proibida a venda de bebida alcóolica, e os estabelecimentos deverão encerrar o expediente às 20h (do horário local).
Fundada no Japão em 1937, a Toyota é a atual líder de vendas de automóveis no mundo. Em 2020, comercializou 9,5 milhões de veículos, ante 9,3 milhões da alemã Volkswagen, a segunda colocada.
A marca japonesa se tornou parceira do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) entre 2017 e 2024, período que abrange os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio e Paris-2024, além dos Jogos de Inverno de PyeongChang-2018 (Coreia do Sul) e Pequim-2022 (China).
Com investimento de quase R$ 5,1 bilhões, a empresa foi uma das primeiras a patrocinar o megaevento em seu país. Apesar da decisão, a Toyota manterá seus compromissos com o COI e o IPC.
Paralelo ao desembarque de delegações e profissionais credenciados para os Jogos, o Japão tem quebrado recordes de casos de contaminação pelo coronavírus.
Há um mês, no dia 20 de junho, o país havia contabilizado 1.318 novos casos, uma média móvel de 1.440. Neste domingo (18) foram 3.065 registros de infecções, e a média móvel saltou para 2.991 casos.
Pesquisa divulgada pelo jornal Asahi Shimbun, nesta segunda, mostra que 70% dos japoneses duvidam que os Jogos possam ser realizados com segurança. Até esta segunda, os dados oficiais apontam 58 casos de Covid entre envolvidos na Olimpíada, três dos quais de atletas, dois deles hospedados na Vila.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters