Rashford, Sancho e Saka, da Inglaterra, sofrem ataques racistas após vice da Eurocopa
Jogadores perderam suas penalidades na disputa da final contra a Itália, em Wembley
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Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka. Os três jogadores da Inglaterra que perderam seus pênaltis na final da Eurocopa, neste domingo (11) sofreram ataques racistas logo após a partida.
Nas redes sociais, após a partida, Saka foi chamado de macaco e recebeu xingamentos racistas e também xenofóbicos (que mandavam ele voltar para a Nigéria, nação de seus pais).
Ofensas semelhantes foram direcionadas a Sancho e Rashford, ambos atletas negros. Os dois entraram nos últimos instantes da prorrogação, atuaram pouco e também erraram suas cobranças.
Para Saka, 19, promovido ao time principal do Arsenal há dois anos, foi sua primeira disputa de penalidades na carreira. Ficou sob sua responsabilidade a quinta e decisiva cobrança, que selou a vitória da Itália depois da defesa do goleiro Donnarumma.
A partida em Wembley, que começou com todos os jogadores ajoelhados contra o preconceito, terminou com uma enxurrada de ofensas racistas após o apito final.
A Polícia de Londres disse que os abusos são "totalmente inaceitáveis", que "não vai tolerar" esse tipo de comportamento e que os casos serão investigados.
Técnico da Inglaterra, Gareth Southgate afirmou após o jogo que os abusos são imperdoáveis. "Não é isso que nós defendemos", disse o treinador.
"É minha decisão sobre quem bate os pênaltis", completou, dizendo estar orgulhoso dos jogadores.
A final da Eurocopa foi a primeira de um torneio importante que a Inglaterra disputou desde a decisão da Copa do Mundo de 1966, também em Wembley, quando foram campeões.
Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que os jogadores devem "ser louvados como heróis, não abusados racialmente nas redes sociais".
A Football Association (FA), a entidade máxima do futebol inglês, afirmou que "qualquer um por trás deste comportamento nojento não é bem-vindo" e que irá dar suporte aos atletas, pedindo a "punição mais dura possível" para os responsáveis.
O príncipe William que estava no estádio para a partida, afirmou que "é totalmente inaceitável que os jogadores tenham que suportar esse abominável comportamento". Ele é também presidente da FA.
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