Siga a folha

Descrição de chapéu tênis

Djokovic é fotografado ao lado de acusado de genocídio na Bósnia

Imagem do tenista sérvio ao lado de Milan Jolovic circula nas redes sociais

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O tenista Novak Djokovic, atual número 1 do mundo, foi fotografado ao lado de Milan Jolovic, ex-comandante de uma unidade paramilitar, acusado de participação no genocídio bósnio. A imagem circula nas redes sociais desde domingo (19) e foi publicada em veículos locais.

De acordo com informações da rede Al Jazeera, Jolovic atuou diretamente no episódio conhecido como massacre de Srebrenica, em 1995, que mais tarde seria reconhecido como um genocídio. Foi o maior massacre em território europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

Comandante da força paramilitar chamada de Drina Wolves, ele é celebrado por ser aliado e por ter salvado a vida de Ratko Mladic, um general condenado no Tribunal de Haia por crimes de guerra e contra a humanidade.

O tenista Novak Djokovic foi flagrado com Milan Jolovic - Redes sociais

Djokovic está em viagem pela Bósnia. Recentemente esteve no casamento do político Milorad Dodik, que nega o genocídio contra o povo da Bósnia, que matou mais de 8 mil pessoas em Srebrenica.

A Guerra da Bósnia foi um conflito na década de 1990, que começou após a Bósnia declarar independência da antiga Iugoslávia.

Mladic comandou milícias sérvias que se opuseram à independência e lutaram para anexá-la à Sérvia.

Até hoje existem bósnios e sérvios que negam ter havido genocídio e se recusam a aceitar o julgamento de cortes internacionais sobre o conflito.

Na Sérvia, Djokovic também já foi condecorado com a Ordem da República, honra anteriormente concedida a nomes como o próprio Mladic, Radovan Karadzic e Momcilo Krajisnik, estes dois últimos ex-políticos condenados por crimes na Guerra da Bósnia.

O encontro com Djokovic gerou críticas de um reconhecido jornalista sérvio, Dragan Bursac.

“Ele poderia ter sido o maior de todos os tempos, representado todo o planeta do esporte e ajudado de bilhões de maneiras”, escreveu em sua coluna no site da Radio Sarajevo.

“Ao contrário, ele aparece com os criminosos de guerra Radovan Karadzic e Ratko Mladic, canta no casamento do Dodik e faz pique-nique com pessoas que são responsáveis por organizar as operações que levaram a um genocídio”, completou.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas