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Descrição de chapéu Libertadores

Ao igualar feito do Santos de Pelé, Corinthians avança na Libertadores fortalecido

Mesmo esfacelado por desfalques, time alvinegro chega às quartas derrubando Boca na Bombonera

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São Paulo

Ao longo da história, apenas duas equipes brasileiras superaram o Boca Juniors (ARG) em um mata-mata da Copa Libertadores definido no emblemático estádio da Bombonera. O primeiro foi o Santos de Pelé, em 1963. Quase 70 anos depois, o Corinthians se tornou o segundo.

Se há seis décadas o alvinegro que triunfou diante os argentinos na casa deles contava não só com o Rei mas com Pepe, Coutinho e companhia, o outro alvinegro que voltou para casa sorrindo chegou ao final do jogo remendado.

Com três laterais esquerdos, três zagueiros, dois volantes e dois atacantes, o Corinthians precisou de uma atuação heroica para levar a disputa da vaga nas quartas de final para os pênaltis. Aí o goleiro Cássio brilhou novamente, defendeu duas cobranças e foi decisivo no triunfo por 6 a 5.

Na parte final do confronto, o time, desfigurado em relação à sua formação habitual, cheio de improvisações e remendos, era este: Cássio; Piton, Bruno Méndez, Gil, Raul e Fábio Santos; Roni, Cantillo e Bruno Melo; Giovane e Róger Guedes.

"Jogamos da maneira que deu para jogar", afirmou Cássio, que chegou ao seu 599º jogo pelo clube. "Eu me lembro da primeira vez que vim jogar aqui, sempre é uma atmosfera hostil", contou.

As penalidades já estavam no horizonte corintiano desde o apito inicial. Com sete baixas no elenco —além de Willian, levado ao banco sem condições de jogo—, o técnico Vítor Pereira fechou seu time para jogar por uma bola. Ou nenhuma.

Apesar de o Boca ter pressionado durante todo o jogo, houve poucas oportunidades claras, todas com Benedetto. Primeiro, o atacante perdeu um gol sozinho na entrada da pequena área. Depois, desperdiçou um pênalti. Mais tarde, na frente de Cássio, falhou ao tentar encobri-lo.

Jogadores do Corinthians correm para abraçar o goleiro Cássio após vitória sobre o Boca - 5.jul.22/AFP

Nem mesmo o nervosismo com a arbitragem, acusada pelos corintianos de ser mais rigorosa com o time brasileiro na marcação de faltas, tirou a concentração dos atletas alvinegros —que ainda reclamaram de pênalti de Advíncula em Piton. Cada obstáculo parecia aumentar a motivação.

"O espírito, muitas vezes, supera as dificuldades. Temos muita gente fora. Mesmo com as dificuldades, não nos apoiamos nelas, chegamos aqui e combatemos até o último minuto. Esta vitória vai ficar na história do Corinthians", afirmou Vítor Pereira.

Para o jogo, ele não contava com Paulinho, Maycon, Fagner, Renato Augusto, Gustavo Mosquito, Adson e Júnior Moraes. São peças importantes que, com exceção de Paulinho, devem voltar para a sequência da competição.

Cássio é abraçado pelos companheiros de Corinthians após vitória sobre o Boca - Agustin Marcarian - 6.jul.22/Reuters

Além disso, o atacante recém-contratado Yuri Alberto, 21, vai se juntar ao elenco. Na contramão, Mantuan e João Victor estão de saída para o futebol russo, de onde vem Yuri.

Quando deixou o campo machucado, João foi substituído por Gil, que deverá ganhar mais espaço no time. Ele teve grande atuação no segundo tempo e foi o responsável por converter a última e decisiva cobrança corintiana na disputa por pênaltis.

Desde 2012 o clube do Parque São Jorge não chegava tão longe na Libertadores. Depois de conquistar o seu primeiro caneco justamente contra o Boca, com um empate na Argentina e uma vitória no Pacaembu, o time teve quatro quedas nas oitavas de final e uma na fase preliminar.

"Acabamos de ter uma grande conquista. Mas, sinceramente, já estou preocupado com o Flamengo daqui a uns dias", disse o técnico português, citando o confronto no fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro.

O Flamengo também está na Libertadores. Nesta quarta (6), encara o Tolima (COL) no Maracanã, depois de ter vencido o jogo de ida, fora de casa, por 1 a 0. Quem avançar será o adversário do Corinthians nas quartas.

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