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Seleção dos EUA não canta hino e é criticada por imprensa conservadora

Equipe atua pelas oitavas de final da Copa do Mundo feminina neste domingo (6)

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São Paulo

Os Estados Unidos entram em campo na manhã deste domingo (6) pela Copa do Mundo feminina sob críticas de parte da imprensa conservadora norte-americana.

A maioria das jogadoras não canta o hino nacional antes dos jogos.

Jogadoras dos Estados Unidos posam para foto antes da partida contra Portugal, pela fase de grupos - Zhu Wei - 1.ago.23/Xinhua

A equipe enfrenta a Suécia pelas oitavas de final, às 6 horas (de Brasília). A partida terá transmissão da Globo, Fifa + e Cazé TV (YouTube e Twitch).

"Eu não sei vocês, mas não estou torcendo por elas. Espero que elas percam. É vergonhoso, essas garotas são vergonhosas. Elas deveriam ter vergonha", queixou-se a jornalista e apresentadora de TV e podcasts Megyn Kelly.

Não é uma crítica nova no futebol e já foi usada, no masculino, para criticar Lionel Messi e outros atletas por não serem, supostamente, patriotas o bastante.

Em programas de emissoras como a Fox News, reconhecida pelo conservadorismo, foram mostradas imagens de confrontos contra o Vietnã e Portugal. As norte-americanas mudas enquanto o hino era tocado foram comparadas com as vietnamitas e portuguesas cantando seus respectivos hinos nacionais.

Apenas Alex Morgan, Julie Ertz e Lindsey Horan foram mostradas acompanhando a letra de Star Spangled Banner, a canção executada antes dos jogos.

Maior vencedora da história da Copa do Mundo, a seleção dos Estados Unidos é a atual bicampeã (2019 e 2015). Antes disso, havia vencido em 1991 e 1999.

"Nós estamos vendo isso na WNBA, na NBA, na NFL. Estamos vendo agora com a seleção feminina de futebol, o que é um patriotismo triste. É triste especialmente se você olha as adversárias", disse Charly Arnolt, apresentadora da plataforma Outkick.

Nome mais conhecido do futebol norte-americano, a atacante Megan Rapinoe foi colocada como responsável pelo boicote. A escolha era óbvia. Ativista dos direitos LGBTQIA+, ela se recusou a ida à Casa Branca após a conquista do título de 2019, quando o presidente era o republicano Donald Trump.

Em apoio ao quarterback de futebol americano Colin Kaepernick, ela começou a se ajoelhar no momento da execução do hino. Disse que jamais sentiria orgulho ao ouvir a música que representa o seu país.

"Ela é a líder disso. Nem é titular, então não aparece na câmera quando elas fazem isso no hino nacional, mas está por trás disso tudo. Rapinoe envenenou o time inteiro contra o país pelo qual elas jogam", completou Kelly.

Antes da Copa do Mundo deste ano, Rapinoe deu entrevista em que manifestou apoio à presença de atletas trans em esportes para mulheres.

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