Mãe de torcedor mascote do Vasco relata assalto na saída do São Januário
Ladrões apontaram revólver e levaram celulares, relógios e aliança; criança estava no carro
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A família de Guilherme Gandra Moura, 9, torcedor mascote do Vasco, foi assaltada na noite desta quarta-feira (6) ao sair do São Januário depois da vitória de 2 a 1 contra o Bragantino.
"Colocaram revólver na nossa cara, não respeitaram o Gui no carro", disse Tayane Gandra, mãe do torcedor mirim. Segundo ela, os ladrões levaram relógios, celulares e aliança. "Muito terror psicológico", completou.
Mais cedo, a mãe havia compartilhado o vídeo da criança na chegada ao estádio, sob gritos de incentivo de torcedores que reconheceram Gui, como é chamado. À tarde, ele cortou o cabelo e vestiu o uniforme vascaíno ao se preparar para a partida.
O menino tem uma doença rara, a epidermólise bolhosa distrófica, e ficou famoso por causa do reencontro emocionado com a mãe ao despertar da sedação após 16 dias de coma devido a uma pneumonia, em junho deste ano.
Ainda no hospital, Gui recebeu visitas de jogadores do Vasco e de Rodrigo Dinamite, filho do ídolo Roberto Dinamite. Depois disso, manteve o contato com o clube e virou mascote dos jogadores e torcedores.
No início de novembro, o menino conheceu o presidente Lula (PT) durante uma viagem a Brasília e os dois conversaram sobre o Vasco.
"Sou corintiano em São Paulo e vascaíno no Rio. Você tem que ser corintiano em São Paulo", brincou o petista.
A epidermólise bolhosa, doença de Gui, é caracterizada pela alteração da proteína responsável pela ligação das camadas da pele, o que provoca bolhas e feridas que podem ser graves. Pacientes como Guilherme são mais sensíveis a lesões na superfície e também nas partes internas, como vias aéreas e mucosas.
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