Vasco e Ministério Público do Rio de Janeiro assinaram nesta quarta-feira (13) um acordo para a reabertura do estádio de São Januário, interditado há quase três meses. O acerto ainda precisa ser homologado pela Justiça, mas a expectativa das partes é que isso se resolva rapidamente.
O clube se comprometeu a seguir os termos estabelecidos no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Há cláusulas de aplicação imediata, como a instalação de novas câmeras de vigilância, e outras com exigência em prazo maior, junho de 2024.
O estádio foi fechado após a derrota do Vasco para o Goiás, em 22 de junho, que teve arremessos de objetos no gramado e confronto de torcedores com a polícia. Desde então, a diretoria cruzmaltina lutava para regularizar a situação de seu campo.
A torcida da equipe também se mobilizou. No início do mês, cerca de 10 mil pessoas se juntaram na Barreira do Vasco, favela vizinha ao estádio, para acompanhar o jogo contra o Bahia em um telão. Boa parte apontou preconceito na interdição.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) atuou no sentido de costurar o acordo e esteve na reunião em que ocorreu a assinatura, no MP-RJ. "O que vamos buscar é um trabalho mais integrado no entorno, buscando melhorar acessos, fluxos, a ordem urbana, não permitir exageros", disse.
Uma das cláusulas do TAC é a instalação gradual de câmeras de reconhecimento facial nas catracas. Segundo Lúcio Barbosa, executivo da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Vasco, haverá uma atenção especial ao escoamento da multidão, com alargamento dos portões.
"O Vasco não vai parar por aí. A gente colocou na reunião que vamos fazer mais do que o TAC, que já estava no nosso plano. Até a reforma geral de São Januário, temos mais de 70 projetos para melhorias no recebimento e no escoamento, na qualidade para o usuário", afirmou Barbosa.
O clube aguarda a homologação do acordo para confirmar a data de seu retorno ao campo. A ideia é que ele seja palco já da partida contra o Coritiba, no próximo dia 21, válida pelo Campeonato Brasileiro.
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