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Thierry Henry revela que teve depressão

Ex-jogador diz que problema o acompanhou durante os anos que brilhava nos gramados

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Londres | AFP

O ex-atacante e atual técnico da seleção sub-21 da França, Thierry Henry, afirmou que durante sua carreira como jogador, e também depois de pendurar as chuteiras, teve depressão, um problema que enfrentava desde a infância e que reapareceu quando trabalhava no Canadá como treinador durante a pandemia de Covid-19.

"Menti durante muito tempo porque a sociedade não estava preparada para escutar o que eu tinha a dizer", contou o campeão mundial em 1998, de 46 anos, em uma entrevista ao podcast "The Diary of a CEO", que foi ao ar na segunda-feira (8).

Maior artilheiro da história do Arsenal, Henry afirma que esse problema o acompanhou durante os anos que brilhava nos gramados, sem ter plena consciência disso.

Ex-jogador e atual treinador da equipe sub-21 da França, Thierry Henry, durante coletiva após amistoso entre França e Dinamarca no Estádio Marcel-Picot, em Tomblaine - Jean-Christophe Verhaegen - 7.set.2023/AFP

"Ao longo da minha carreira, e desde que nasci, devo ter tido depressão", declarou. "Sabia disso? Não. Fiz algo para remediar? Não. Mas me adaptei a um certo modo de vida".

"É preciso colocar um pé na frente, depois o outro e andar. Foi o que me disseram desde muito jovem", explica. "Nunca deixei de andar", exceto durante a pandemia de covid-19, quando "já não podia mais", o que o fez "começar a compreender" o que estava acontecendo.

Henry se aposentou como jogador em 2014. Quando chegou a pandemia, estava no Canadá, longe de seus filhos, que estavam na Europa.

Ele esteve confinado no Canadá "durante um ano", nos piores meses da crise sanitária, quando era técnico do Montreal Impact.

"Chorava quase todos os dias, sem motivo", afirma. "As lágrimas vinham do nada. Por quê? Não sei, mas talvez estivessem lá há muito tempo", respondeu.

Henry também falou que essa fragilidade mental pode ter vindo da infância, com a busca constante pela aprovação de seu pai, que frequentemente criticava seu desempenho em campo.

Essa presença paterna "ajudou de certa forma o atleta", mas "não ajudou tanto o ser humano", concluiu.

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