Siga a folha

Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Inspiração até para suas rivais, Marta, 38, inicia 'última dança' nas Olimpíadas de Paris

Seleção brasileira estreia contra a Nigéria, na despedida da brasileira dos grandes torneios

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Paris

Quando se pede a Wendie Renard um depoimento sobre Marta, o rosto da zagueira francesa se ilumina. "O que dizer? Uma jogadora excepcional, com carisma dentro de campo, um jeito de liderar. Sou muito feliz por ter jogado contra ela."

Iniciando contra a Nigéria nesta quinta-feira (25) aquela que deve ser sua última grande competição com a camisa do Brasil, a brasileira, eleita seis vezes a melhor do mundo, enfrentará grandes jogadoras que ao mesmo tempo a têm como ídola. Aos 38 anos, em abril, ela anunciou que 2024 será seu último ano pela seleção.

A Folha conversou sobre Marta com jogadoras do Lyon, um dos melhores times do mundo, vice-campeão europeu e campeão francês. Elas foram unânimes no louvor à brasileira.

A seleção feminina, sob o comando de Arthur Elias estreia no torneio olímpico contra as nigerianas em Bordeaux, às 19h locais (14h de Brasília) —(Globo, Sportv, GE.com e CazéTV no Youtube transmitem o confronto).

Marta é observada por companheiras de seleção brasileira durante treino em Paris - Reuters

A admiração de Renard por Marta é mais significativa quando se sabe que a brasileira foi responsável por um dos piores momentos da carreira da hoje veterana zagueira francesa, de 34 anos. Em 2008, na semifinal da Copa da Uefa, o equivalente da Champions League na época, a brasileira jogava pelo Umea, da Suécia, e a francesa pelo Lyon. Marta roubou uma bola da jovem Renard, 17 anos, e deu a assistência para o gol que eliminou o Lyon.

"Ela me fez crescer como pessoa. A partir dali, cresci individualmente." A francesa teve sua vingança: na Copa do Mundo de 2023, fez o gol da vitória sobre o Brasil por 2 a 1. "Não considero uma revanche", diz a defensora. Sobre a possibilidade de enfrentar a brasileira pela última vez nos Jogos Olímpicos, Renard afirmou: "Vamos ter tempo de pensar nisso."

Considerada melhor goleira do mundo, a chilena Christiane Endler ressalta o papel de Marta para o prestígio do futebol do continente. "Obrigado a Marta por tudo que ela fez pelo futebol sul-americano. Ela é um exemplo para todas nós. Sempre foi minha ídola, e desejo que termine sua carreira da melhor maneira possível."

A atacante haitiana Melchie Dumornay, 20, uma das estrelas em ascensão no futebol mundial, não economiza elogios. "Quando a vejo jogar, é extraordinário. Ela vai ficar gravada na nossa memória. Jogadoras assim inspiram outras jovens."

O Brasil é favorito para o jogo desta quinta-feira, mas a Nigéria, maior potência do futebol africano, é um adversário perigoso. Ocupa o 36º posto no ranking de seleções da Fifa (as brasileiras estão em nono lugar). Na última Copa do Mundo, em 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, foi mais longe que o Brasil: chegou às oitavas de final, enquanto o time de Marta caiu na fase de grupos.

Em entrevista à colunista da Folha Mônica Bergamo, o técnico da seleção brasileira, Arthur Elias, não confirmou se Marta começará como titular, mas admitiu que ela tem "grande chance", pelo desempenho nos treinos.

No outro jogo do grupo do Brasil, o C, a campeã mundial Espanha enfrenta o Japão em Nantes, às 17h locais (12h de Brasília).

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas