Japão impõe derrotas em série ao Brasil e vira principal algoz em Paris-2024
País asiático evita pódio de Rafaela Silva no judô e medalha dourada ou prateada de Rayssa Leal no skate; até aqui, Brasil só revidou com Medina e vôlei de praia
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O Japão tem sido um senhor empecilho para o Brasil conseguir resultados melhores nas Olimpíadas de Paris-2024. Até agora, no duelo particular entre brasileiros e japoneses, o país asiático vence por 9 a 2.
Os reveses diante de atletas do Japão foram em parte bem dolorosos e impediram que o Brasil fosse ao pódio ou que melhorasse a posição nele. Até aqui, o país tem uma prata e dois bronzes.
Já o Japão (também impulsionado pelas vitórias sobre brasileiros) liderava o quadro geral de medalhas nesta terça-feira (29) à noite, com seis ouros, duas pratas e quatro bronzes.
Judô, principalmente, e skate são exemplos da prevalência japonesa ante os brasileiros.
Nos tatames da arena do Campo de Marte, o estreante Willian Lima chegou à final da categoria até 66 kg no domingo (28). Teve pela frente o campeão olímpico Hifumi Abe. Perdeu por ippon, e o Brasil ficou sem o ouro.
Nesta segunda-feira, Rafaela Silva (até 57 kg), dona da medalha dourada nos Jogos do Rio-2016, encarou Haruka Funakubo, que venceu devido a uma punição à brasileira na etapa do "golden score" (ponto de ouro).
Teve combate no judô em que a superioridade japonesa mostrou-se flagrante. No sábado, Natasha Ferreira (até 48 kg) resistiu somente 45 segundos. Perdeu por imobilização para Natsumi Tsunoda, que depois ganharia o ouro.
No mesmo dia, Michel Augusto (até 60 kg), novato em Olimpíadas, perdeu na segunda luta, por excesso de punições. O rival? Ryuju Nagayama, japonês.
Na final do skate street, na praça da Concórdia, Rayssa Leal, 16, voltou ao pódio olímpico no domingo depois da prata em Tóquio-2020.
A Fadinha ficou desta vez com o bronze. Melhores que elas, duas teens do Japão: Coco Yoshizawa, 14, e Liz Akama, 15. Novamente, nada de ouro para o Brasil.
Rayssa comemorou a medalha, porém adiantou que pretende superar as japonesas (e outras adversárias) nas próximas Olimpíadas, em Los Angeles: "2028 vem o ouro".
Outro revés marcante do Brasil diante do Japão nestes Jogos aconteceu no futebol, no estádio Parque dos Príncipes, em Paris, no domingo.
Marta e companhia venciam por 1 a 0 até os acréscimos do segundo tempo, quando as japonesas fizeram dois gols em quatro minutos (um de pênalti, um em chute de longe que encobriu a goleira Lorena) e ganharam de virada.
O resultado passou a ameaçar a classificação do Brasil, que no jogo que encerra fase de grupos, na quarta-feira, enfrentará a Espanha, atual campeã mundial.
Nesta terça, a seleção feminina de rúgbi sete do Brasil encerrou sua campanha sem vitórias na fase classificatória de Paris-2024 levando uma goleada da equipe japonesa no Stade de France, em Saint-Denis: 39 a 12.
Outro algoz de brasileiro emergiu das águas do Taiti (Polínésia Francesa), local da competição de surfe destas Olimpíadas.
Nas ondas gigantes de Teahupo’o, na tarde desta terça (horário brasileiro), o azarão Reo Inaba eliminou o bicampeão mundial Filipe Toledo, o Filipinho. O brasileiro ficou com a péssima nota de 2.46, contra um 6 do adversário.
No confronto Brasil x Japão em Paris, ainda houve a derrota de Ygor Coelho no badminton. Kodai Naraoka o superou por 2 sets a 0.
Em meio a tantos fracassos ante o Japão, o Brasil teve dois êxitos nesta fase inicial das Olimpíadas.
Na etapa classificatória do vôlei de praia, Carol/Bárbara superou Akiko/Ishii por 2 sets a 0. E o surfista Gabriel Medina eliminou nas oitavas de final Kanoa Igarashi, de quem havia perdido em Tóquio-2020.
A vitória de Medina foi especialmente importante porque, em Tóquio-2020, Igarashi o venceu nas semifinais, tirando dele a chance de lutar pelo ouro.
Os próximos embates já agendados entre Brasil e Japão em Paris serão no rúgbi sete feminino, na disputa do nono lugar, quando o Brasil terá chance de revanche, e no vôlei feminino, pela fase de grupos.
Ponteira e capitã da seleção de vôlei, Gabi afirma que a equipe fará de tudo para bater as japonesas, que derrotaram o Brasil nas semifinais da Liga das Nações deste ano. "Estamos engasgadas com elas."
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