Siga a folha

Descrição de chapéu Olimpíadas 2024 tiro com arco

Na primeira apresentação brasileira em Paris, Ana Luiza Caetano atira com arte e faz sua melhor marca

Em dia de recorde mundial em Les Invalides, arqueira consegue inédita vaga no torneio de duplas mistas ao lado de Marcus D'Almeida

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Paris

O site de Paris-2024 explica como funciona o tiro com arco. Precisão, equilíbrio e muita respiração para 72 flechas, divididas em 12 sessões com seis tiros em Les Invalides, "onde fica a tumba de Napoleão". Afastado da agitação por cercas, policiais e cachorros farejando ameaças em latas de lixo, o imperador resta tranquilo na suntuosa instalação militar que o abriga. O tiro com arco, apesar do nome e da natureza do esporte, está mais para "arte", afirma Ana Luiza Caetano, a primeira atleta brasileira a atuar nos Jogos de Paris, nesta quinta-feira (25).

"Estou me permitindo comemorar, mas é só a primeira etapa. Tem muita coisa pela frente", diz a arqueira de 21 anos, em sua primeira participação olímpica. Nessa fase inicial da competição, o ranqueamento, o desempenho dos atletas define um ranking para a próxima etapa, mata-mata. Ana Luiza ficou na 19ª colocação, com 660 pontos, a melhor marca de sua carreira, entre 64 concorrentes.

O dia de Ana Luiza terminaria completo. Marcus D’Almeida, número um do ranking mundial e esperança de medalha para o Brasil em Paris, apesar de um 17º posto de gosto amargo na chave masculina, completou a pontuação necessária para o país disputar o torneio de duplas mistas.

Ana Luiza Caetano, do Brasil, durante disputa da fase de ranqueamento do tiro com arco, nos Invalides - Folhapress

"Somos da mesma cidade [a fluminense Maricá], do mesmo clube. Nossa relação é bem próxima", afirma D'Almeida sobre a colega. Os dois somaram juntos 1.330 pontos, a décima marca entre as 16 equipes classificadas.

Ana Luiza ri quando indagada sobre a falta de familiaridade do público brasileiro com a modalidade. "Cara, a primeira coisa que eu diria é ‘sejam bem-vindos’. É muito bom ter gente assistindo ao tiro com arco. Espero que se apaixonem como eu me apaixonei. Comigo foi amor à primeira vista", conta a atleta, que conheceu o tiro com arco através do irmão.

"É uma arte, mais do que esporte. É uma sintonia perfeita entre equipamento e o corpo, com o vento, com o sol, com a chuva. Tentem buscar essa arte, acredito que vocês vão conseguir ver isso."

Na mesma prova, Lim Sihyeon, também de 21 anos, estabeleceu o recorde mundial, com 694 pontos. "Elas [as coreanas] atiram muito bonito", segundo Ana Luiza. Mas o que é atirar bonito? De novo, aos risos, ela explica que o tiro com arco "é um esporte de equilíbrio, a força da atleta e a força do arco, não tem nada brigando ali para soltar aquela flecha; é uma sintonia".

Ana Luiza volta aos Invalides na terça-feira (30) para a fase eliminatória da competição feminina, mesmo dia em que D’Almeida defende seu favoritismo na chave masculina.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas