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Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Entenda como funciona o Bolsa Atleta

Programa é a principal política pública brasileira para esportistas de alto nível; valor mensal varia de R$ 410 a R$ 16.629

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Brasília

O Bolsa Atleta é um programa do governo federal criado em 2004 e que começou a funcionar no ano seguinte. Ao longo de 20 anos, ele distribuiu cerca de 105 mil bolsas para aproximadamente 37 mil atletas. Ao todo, foi R$ 1,5 bilhão em repasses.

No primeiro ano, o programa beneficiou 975 atletas, enquanto neste ano são mais de 9.000 contemplados. Desse total, 359 estão na mais alta categoria, o Bolsa Pódio, para profissionais com chances reais de vencer em suas categorias. O orçamento para 2024 é de R$ 162 milhões.

Maior medalhista olímpica da história do Brasil, Rebeca Andrade mostra as medalhas que recebeu nas Olimpíadas de Paris-2024 - Reuters

Qual o objetivo do Bolsa Atleta?

O programa visa propiciar condições mínimas para que atletas de alto rendimento se dediquem com exclusividade a sua modalidade. Para isso, é feito um pagamento mensal aos profissionais que se inscrevem no programa e atendem aos critérios. O valor varia a depender da categoria de cada um.

Desde 2012, o atleta pode acumular o montante recebido do Bolsa Atleta com patrocínios individuais, aumentando assim a sua renda.

Quem tem direito?

Atletas a partir dos 14 anos com destaque nas competições de sua modalidade e indicados pela entidade que rege o respectivo esporte. A prioridade do programa são atletas olímpicos e paralímpicos. No entanto, ele atende estudantes e também modalidades que não estão nos Jogos Olímpicos, mas em outras competições, como o Pan-Americano.

As inscrições são feitas anualmente a partir de editais públicos do governo federal.

Quanto o Bolsa Atleta paga?

São cinco categorias. Os atletas de categorias de base ou estudantes recebem R$ 410 por mês. Em seguida vem a categoria nacional, com R$ 1.025 mensais.

Atletas internacionais recebem R$ 2.051, enquanto profissionais do nível olímpico e paralímpico ganham R$ 3.437.

A categoria pódio tem quatro níveis, partindo de R$ 5.543 e chegando a R$ 16.629.

Quais são os critérios para definir a categoria?

O critério principal é a colocação, no ano anterior ao edital, em competições no nível pretendido pelo atleta.

Para o nível nacional, é necessário comprovar a participação na maior competição do Brasil para a modalidade e ficar em terceiro o acima. No nível internacional, é necessário terminar no pódio em campeonato sul-americano, pan-americano ou mundial.

Na modalidade olímpica ou paralímpica, o requisito é ter participado do último evento da categoria realizado.

Para estar na modalidade pódio, a mais alta, é preciso comprovar a colocação entre os 20 melhores nas últimas Olimpíadas ou no campeonato mundial da modalidade no ano anterior ao da olimpíada. Para o evento realizado neste ano em Paris, por exemplo, foi necessário ter ficado entre os melhores nos mundiais de 2023.

Nesse caso, os valores variam de acordo com a colocação, com o valor mais alto (R$ 16.629 mensais) destinados para atletas que ficaram nas três primeiras colocações.

Em todos os casos, é necessário comprovar que o atleta continua participando de eventos da sua modalidade.

Para atletas de base ou estudantis, há idade máxima de 19 ou 20 anos respectivamente, além de critérios de colocação em eventos do nível juvenil. No segundo caso, é cobrado a vinculação a uma entidade estudantil.

De onde vem o dinheiro?

Os recursos para o programa vem do orçamento federal e estão na conta do Ministério do Esporte.

Quem está inscrito?

Todos os atletas medalhistas em Paris já receberam o Bolsa Atleta, sendo que somente Gabriel Medina (surfe) e Larissa Pimenta (judô) não estão no edital deste ano.

A maior medalhista olímpica da história do Brasil, a ginasta Rebeca Andrade, recebe recursos do programa.

O nome de todos os atletas é publicado no Diário Oficial da União.

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