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Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Presidente do COI condena 'discurso de ódio' contra boxeadoras em Paris-2024

Argelina Imane Khelif e taiwanesa Lin Yu-ting foram liberadas para competir nas Olimpíadas, apesar de terem sido desqualificadas do Mundial após terem sido reprovadas nos testes de elegibilidade de gênero

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Paris | AFP

O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, condenou neste sábado (3) os "inaceitáveis" ataques lançados nas redes sociais contra duas boxeadoras nos Jogos de Paris-2024, que viram pedidos de exclusão das Olimpíadas por suspeitas sobre seu gênero.

A argelina Imane Khelif e a taiwanesa Lin Yu-ting, que neste fim de semana lutarão por medalhas, estão no centro da polêmica depois de, no ano passado, não terem passado em um teste de elegibilidade de gênero para o Mundial feminino de boxe.

As imagens da estreia vitoriosa da argelina contra a italiana Angela Carini provocaram na quinta-feira (1º) um incêndio nas redes sociais, com uma legião de usuários questionando se a boxeadora é realmente uma mulher, enquanto figuras políticas conservadoras como Giorgia Meloni, Javier Milei e Donald Trump clamaram contra a autorização para que Khelif e Lin compitam em Paris.

Imane Khelif, da Argélia, após luta contra Angela Carini, da Itália, em Paris-2024 - Reuters

Alimentando uma "agenda" política

O "discurso de ódio" nas redes sociais é "inaceitável" e é alimentado por uma "agenda" política, afirmou neste sábado Thomas Bach em uma coletiva de imprensa em Paris.

"Nunca houve qualquer dúvida de que são mulheres", insistiu o presidente do COI, o organismo encarregado da organização do boxe olímpico. "Nasceram mulheres, cresceram como mulheres, têm passaporte de mulheres e competiram como mulheres por vários anos".

Qualquer um que questione as duas boxeadoras deveria "apresentar uma nova definição com base científica de quem é uma mulher e como é possível que alguém que nasceu, cresceu, compete e tem passaporte como mulher não possa ser considerada uma mulher", destacou Bach em consonância com a defesa das boxeadoras que o COI tem feito nos últimos dias.

A favor do boxe em 2028

A desqualificação de Khelif e Lin do Mundial de Nova Delhi de 2023 foi decidida pela Associação Internacional de Boxe (IBA), à qual o COI retirou a organização do torneio olímpico de Paris por falta de transparência.

Em relação às dúvidas sobre a continuidade do boxe no programa olímpico, Bach se pronunciou a favor de sua presença em Los Angeles-2028 desde que se encontre "um parceiro confiável" para a organização.

"Queremos que o boxe esteja no programa olímpico, esse é o objetivo", enfatizou. Mas "só poderá estar nos Jogos de Los Angeles se tivermos um parceiro confiável".

O COI e a IBA mantêm um longo e arraigado conflito, em particular pelos escândalos arbitrais vividos em competições de boxe.

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