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Em parceria com a Netflix, Kondzilla fará série de ficção sobre favelas paulistas

No festival South by Southwest, produtor diz que quer mostrar o que viveu nas ruas de São Paulo

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Austin (Texas)

Num encontro lotado do festival South by Southwest, Konrad Dantas, o Kondzilla, deu os primeiros detalhes de sua recém-anunciada série em parceria com a Netflix.

Konrad Dantas, o Kondzilla, em São Paulo - Olga Lysloff/Folhapress
“É o projeto mais longo da minha vida, porque desde moleque sonhei em fazer uma série de ficção sobre as favelas de São Paulo”, ele disse, no festival em Austin, nos Estados Unidos. “A gente sempre vê nas telas as favelas do Rio, não tenho nada contra, mas queria mostrar na tela o que eu vivi nas ruas de São Paulo.”

O dono do maior canal de música do YouTube no Brasil, com mais de 14 bilhões de visualizações, mostrou a chamada de “Sintonia”, o seriado que estreia no ano que vem e contou que a história gira em torno de três jovens que moram numa favela paulistana.

“São dois garotos e uma garota. Um deles se envolve com tráfico de drogas, crime, e o outro com baile funk”, disse. “A garota se envolve com o evangelho, com as igrejas das favelas do Brasil.”

Ele, que produziu mais de 500 clipes e se tornou um dos maiores responsáveis pela popularização do funk de São Paulo, com nomes como MC Kevinho, MC Guimê e DJ Marlboro, também falou sobre mudanças na indústria da música, decretando o fim do álbum completo, que deu lugar a singles.

“O consumo da música mudou, você não precisa mais de uma gravadora para bancar seu disco. Você pode ter um estúdio no seu quarto e desenvolver seus singles”, disse. “Se você investe seu tempo produzindo um disco de 12 faixas, alguém vai lançar 12 singles enquanto você está trancado pensando num álbum.”

Depois de mostrar cenas de um novo filme publicitário que produziu com a Conspiração Filmes com a rapper Karol Conka, Kondzilla também falou sobre a leva de artistas mulheres e o tamanho do mercado do rap para o público feminino.

“Temos uma safra muito maior de mulheres artistas nos procurando para fazer seus clipes e 54% da audiência do nosso canal é de mulheres”, contou. “Estamos mudando a nossa linguagem, repensando isso com a ajuda dessas mulheres.”

Ele encerrou o encontro tirando um selfie com a plateia.

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