Mostra lembra trajetória de Angel Vianna, pioneira da dança contemporânea
Bailarina, coreógrafa e educadora é tema de ocupação no Itaú Cultural
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A entrada da exposição sobre Angel Vianna, no Itaú Cultural, em São Paulo, é uma reprodução da escola da bailarina, coreógrafa e educadora que, nos anos 1970, trouxe a expressão "consciência corporal" para a cena e para a sala de aula.
Na ocupação em sua homenagem, a primeira da temporada 2018 do Itaú Cultural, aberta ao público nesta semana, o espaço expositivo espiralado, fluído e orgânico reproduz os conceitos sobre dança e movimento de Angel.
Os tons são quentes e acolhedores: o piso de madeira, com um linóleo (piso para dança) vermelho no centro, as tiras de tecido também vermelho pendendo do teto, paredes transparentes feitas de tule, a tela de tecido de algodão onde são projetadas imagens da bailarina dançando.
Muitas são atualíssimas: prestes a completar 90 anos, Angel continua atuando em espetáculos. Neste mês, estreou no Rio "O Tempo Não Dá Tempo", com textos de Gregorio Duvivier, Gonçalo Tavares e Oscar Saraiva. Em São Paulo, a montagem estreará em abril, como parte da programação da Ocupação.
Outros dois trabalhos com participação de Angel serão apresentados no Itaú Cultural: "Ferida Sábia", nos dias 1°/3 e 2/3, e o solo "Amanhã É Outro Dia", 3/3 e 4/3.
A bailarina se diz bastante emocionada com o projeto em São Paulo. "Ainda não é a cidade que mais me conhece", comenta ela.
ESCOLA
Nascida em Belo Horizonte, onde iniciou a carreira, ela se mudou para o Rio com o marido, Klauss Vianna (1928-92). Foi ali que fundou a Escola Angel Vianna (hoje faculdade), onde colocou em prática suas ideias pioneiras sobre dança contemporânea.
"O trabalho de Angel está fincado na possibilidade de usar a diversidade corporal, a inclusão. Ela trabalha a partir da sensibilização do corpo, para toda e qualquer pessoa encontrar seu modo próprio de dançar", diz a coreógrafa e bailarina Ana Vitória, que coordena programas de pós-graduação na Faculdade Angel Vianna e é uma das curadoras da ocupação.
A proximidade fez com que tivesse acesso ao acervo privado de Angel. "É a primeira vez que tanta coisa é mostrada ao público. Parte do acervo é inédita até para o povo da dança", diz.
O acervo e outros materiais documentais, como vídeos e livros, estão distribuídos nos três "eixos" da ocupação. "O espaço expositivo abarca todas as frentes de trabalho da Angel: educação, terapias corporais e arte", afirma Ana Vitória.
A pedagogia-performática de Angel poderá ser vivenciada pelo público. No dia 28/4, encerrando a ocupação, ela dará sua "Aula de Papel", em que usa as folhas para sensibilizar os alunos e ajudá-los a criar uma nova escrita corporal.
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