Siga a folha

Descrição de chapéu Flip

'Temos que aprender a nos relacionar com a morte de uma forma diferente', diz Monja Coen na Casa Folha

Líder zen budista conversou sobre luto com o escritor Tiago Ferro neste sábado na Flip

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Paraty

O luto foi o tema central da última mesa deste sábado (28) na Casa Folha, em Paraty, durante a Flip, que reuniu Monja Coen e o escritor Tiago Ferro.
 
Para a líder zen budista, "temos que aprender a nos relacionar com a morte de uma forma diferente. É a coisa mais natural que existe no mundo, tudo que nasce, morre".
 
Ela rebateu a costumeira afirmação de que "perdemos alguém" quando um ente querido ou próximo morre.
 
“Ninguém perde ninguém. Tudo o que a pessoa foi viverá em você para sempre", disse Coen.
 
"Será que o fato de alguém morrer antes de nós evita que esse ser sinta a dor que a gente está sentindo agora? São reflexões que precisam ser feitas."

 

Escritor e editor, Ferro é autor de "O Pai da Menina Morta" (Todavia), no qual escreve sobre a morte de sua filha Manu, de oito anos.
 
"Diferente do que esperam sobre uma experiência de luto", afirmou Ferro, "o livro trata muito mais da potência da vida".
 
Lançado um ano após a morte da filha, o livro consumiu o autor.
 
"Não houve uma distância entre planejar e escrever, o processo de alguma forma foi engolindo tudo o que estava ao meu redor", disse Ferro, que nos primeiros dois meses escrevia em qualquer lugar, "no celular, na rua, gravava áudio para lembrar das coisas".
 
Questionada sobre se o budismo lida melhor com a morte, Monja Coen afirmou que o budismo não faz "um corte tão definido assim no que é vida ou morte". "É um processo incessante."
 
Ela foi aplaudida em vários momentos, especialmente quando lembrou de seu passado como jornalista do Jornal da Tarde durante o regime militar, antes de se tornar monja: "Não queiram nunca uma ditadura militar ou não militar em qualquer país".
 
O debate foi antecedido por uma breve sessão de meditação conduzida pela líder zen budista, e encerrado com o som do grupo Embatucadores, formado por meninos de São Paulo que tocam instrumentos de sucata.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas