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Com versos bem-humorados, Gustavo Galo e Peri Pane lançam álbum 'Um Satélite Perdido'

Embora artistas pertençam a circuito independente, há faixas com potencial de sucesso radiofônico

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São Paulo

Um Satélite Perdido

Avaliação: Ótimo
  • Quando: Sábado (25)
  • Onde: Casa Gramo, r. Bento de Abreu, 223
  • Preço: Ingressos R$ 20; Fita Cassete do álbum de estúdio, R$ 40 e fita da gravação do show, R$ 20. Download grátis no site www.umsateliteperdido.com
  • Autoria: Gustavo Galo & Peri Pane

Conhecidos no circuito de música independente de São Paulo, os compositores Gustavo Galo e Peri Pane cruzam novamente seus caminhos para lançar “Um Satélite Perdido”. Os dois mostram as músicas do álbum neste sábado (25), no palco da Casa Gramo.

Álbum, mas não exatamente um disco. A dupla vai comercializar o trabalho em fita cassete. No show, um atrativo a mais. A apresentação será gravada pelo estúdio Oficina Magnética, e quem quiser poderá depois levar para casa uma fita com o registro da performance. Há planos de lançar o trabalho em vinil.

No site criado pela dupla, as versões em estúdio estão disponíveis. As 11 canções flertam com um rock rural, soando quase Sá & Guarabyra com estofo existencial nas letras. Violões bem tocados dão aos parceiros um tom de trovadores.

É um registro que passa longe dos trabalhos que eles fazem separados. Galo, como cantor da Trupe Chá de Boldo e em dois álbuns solo, “ASA” (2014) e “SOL” (2016). Peri Pane, no projeto fonográfico “Canções Velhas para Embrulhar Peixes”, que já teve dois álbuns, em 2012 e 2015. O terceiro volume deve ser lançado no próximo mês.

O formato enxuto das músicas de “Um Satélite Perdido”, com poucos elementos complementando a textura de vozes e violões, parece refletir a gênese desse projeto. Galo e Peri viajaram pelo Brasil com o show “Consertamos Disco Voador”. Fizeram apresentações pelo cerrado, no Centro-Oeste, e nesse período surgiu boa parte do repertório novo.

Nath Calan (bateria), Daniel Xingu (baixo), Gustavo Galo (voz, guitarra e violão) e Peri Pane (voz, guitarra e violão) - Luís Dávila/Divulgação

O caráter estradeiro é evidente, dá para imaginar a poeira levantando pelo caminho dos dois, em músicas que ficam entre discurso intimista e versos bem-humorados. Embora os artistas pertençam a um extrato cult da produção musical, sem estouro popular, há faixas que poderiam fazer sucesso radiofônico.

É o caso da divertida “Meu Caro Thomas Edson”, parceria de Galo com o poeta arrudA que constrói uma letra falando de lâmpadas de casa que insistem em queimar. E também “O Cio e o Silêncio”, escrita com a cantora Alzira E, que traz um inegável toque de Novos Baianos.

Outro single em potencial é “Um Poema para Belchior”, outra música da dupla com arrudA, com batida de violão acelerada, bem pop. Do primeiro verso dessa canção saiu o título do álbum.

No pacote de músicas mais lentas, os ecos de anos 1970 também são fortes. “Sim para Quase Tudo” e “Chave da Nave” poderiam estar inseridas em álbuns de Walter Franco. A última faixa, “Belo Caos”, é quase um bônus, faixa registrada em gravador de rolo. Trata-se de uma versão engraçada da canção anarquista italiana “Bella Ciao”.

O álbum tem a bateria de Nath Calan e o baixo acústico de Daniel Xingu, que sobem ao palco com a dupla. O show terá participação de André Mourão (guitarra) e Daniel Viana (viola caipira), além da presença de arrudA e Alzira E. 

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