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Pesquisa desmonta tese de que olhar de 'Mona Lisa' mira seu observador

Cientistas alemães defendem que os olhos da imagem estão 15 graus à direita de quem a contempla

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São Paulo

Uma recente pesquisa conduzida por cientistas alemães desmonta a tese de que os olhos da "Mona Lisa" miram seu observador. Na verdade, defende o estudo, o olhar dela estaria 15 graus à direita, provavelmente na altura da orelha direita da pessoa que contempla o quadro de Leonardo Da Vinci. 

O trabalho foi publicado no periódico i-Perception por pesquisadores da área de tecnologia da interação cognitiva da Universidade de Bielefeld, na Alemanha. 

A tese de que os olhos da mulher retratada por Da Vinci seguem seu observador é tão difundida que batizou até uma percepção ocular. O chamado efeito Mona Lisa é o nome do fenômeno que ocorre quando o sujeito dentro de uma imagem fita a pessoa que a contempla independentemente de onde ela se posiciona. 

Para derrubar a tese de que o quadro se enquadra dentro dessa possibilidade, os pesquisadores alemães recorreram à ajuda de 24 participantes.

Eles expuseram a pintura numa tela computadorizada e pediram que as pessoas medissem a direção do olhar por meio de uma régua de carpinteiro posicionada de maneira horizontal entre eles e o desenho no computador.

Para realizar as medições, os estudiosos mantiveram participantes a uma distância de 66 cm de onde o desenho era projetado, mas fizeram experimentos alterando a proximidade entre a régua e a tela. Eles também iam modificando o zoom da imagem, além de apresentarem versões em que só apareciam os olhos e o nariz e versões com o rosto completo. 

A conclusão é que ela, de fato, não mira seus observadores e que seu olhar está a um ângulo mais ou menos 15,4 graus à direita

​Gernot Horstmann, um dos autores da pesquisa, diz que "não há dúvidas de que o efeito Mona Lisa existe". "Só que ele não se aplica à 'Mona Lisa' em si."

 

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