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Cinema

Longa argentino 'As Filhas do Fogo' é surubão lésbico em Ushuaia

Filme tem poucos diálogos, voz off reflexiva e muito, mas muito, sexo explícito

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As Filhas do Fogo

Avaliação: Ruim
  • Elenco: Disturbia Rocío, Mijal Katzowicz, Violeta Valiente, Rana Rzonscinsky, Cristina Banegas, Érica Rivas
  • Produção: Argentina, 2018
  • Direção: Albertina Carri

No filme argentino "As Filhas do Fogo", um casal de mulheres se reencontra após um mês separado. Do que dá mais ou menos para entender de um diálogo, a que chegou de navio a Ushuaia estava num lugar ainda mais extremo, ainda mais frio, cheio de neve. 

Mas antes de entendermos, mais ou menos, isso, já vimos a mesma garota acocorada num chão verde se masturbando com um vibrador.

Cena do filme 'As Filhas do Fogo' - Divulgação

Depois, o casal vai a um bar, onde são ofendidas por homofóbicos. Envolvem-se então em uma briga, quando conhecem outra mulher, que as ajuda na pancadaria. Ao deixarem o bar, as três se beijam.

Após uma noite juntas, seguem numa viagem de carro por onde vão encontrando outras mulheres que se juntam a elas, no carro e no sexo.

É com esse fiapo de história que o longa segue por quase duas horas, com diálogos parcos, atuações sofríveis, uma voz off reflexiva um tanto irritante e muito, mas muito, sexo. 

A voz off propõe a todo o tempo uma reflexão sobre as possibilidades de se fazer um filme pornográfico, isso sem usar estereótipos e sem, segundo a voz, retirar a subjetividade da mulher, sempre objetificada em pornôs. 

A voz impõe uma metalinguagem ao filme e faz a sua panfletagem sobre amor livre, sexo e gozo. Mas não consegue, no entanto, fazer com que o longa avance para além do pornográfico. 

Pode ser libertário —ainda que estejamos já no século 21—, pode ser importante para a representação do sexo lésbico e do gozo feminino, mas segue sendo um filme pornô, no qual a multiplicação de cenas de sexo, na maioria das vezes grupal, torna a experiência do espectador enfadonha, ainda mais numa pudica sala de cinema. 

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