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Músico mexicano morre após ser acusado de assédio

Armando Vega Gil teve seu nome envolvido no #MeToo e teria cometido suicídio

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Cidade do México | AFP

O músico mexicano Armando Vega Gil morreu segunda-feira (1º). A suspeita é de suicídio depois de ele receber acusações de assédio sexual e ser alvo do movimento internacional #MeToo.

O compositor e baixista da banda de rock Botellita de Jerez, criada na década de 1980, deixou uma nota no Twitter, na qual explicou as razões para acabar com sua vida. Seu corpo foi encontrado em casa, no centro da Cidade do México.

"Uma menina me acusou de abuso e assédio. Ela diz que o episódio ocorreu quando ela tinha 13 anos, o que faz com que isso se torna grave, muito grave. Bem, afirmo categoricamente que a acusação é falsa", escreveu Vega, 63, na rede social.

Pai de um menino de oito anos, o músico assumiu que a acusação terminaria com sua carreira. "Minha vida está parada, não há saída [...] O que menos desejo é que meu filho seja afetado pela falsa acusação que me é feita", disse ele.

A denúncia contra Vega foi publicada anonimamente na conta #MeTooMusicosMexicanos.

Nela, a jovem explica como conheceu o artista mais de uma década atrás, quando ela tinha 13 anos. Segundo a denúncia, o compositor fez com que a garota fosse à sua casa algumas vezes, onde a assediava tirando fotos e fazendo comentários sexuais.

Mais de 200 pessoas, entre colegas, figuras culturais e fãs, participaram do funeral de Vega, nesta segunda (1º). Seus companheiros de Botellita de Jerez, Francisco Barrios e Rafael González, receberam abraços dos presentes.

O #MeToo não mostrou muita força no México quando surgiu, após uma onda de acusações contra o produtor americano Harvey Weinstein. Mas, no mês passado, ganhou fôlego em diversos setores da sociedade.

Esta não é a primeira vez que o movimento #MeToo está ligado internacionalmente a uma suspeita de suicídio.

Os casos incluem Benny Fredriksson, que dirigiu o centro de arte e cultura mais importante da cidade de Estocolmo e era marido da soprano sueca Anne Sofie von Otter.

Ele morreu em março de 2018, após ter sido denunciado por supostamente tolerar comportamento inadequado de seus funcionários. Sua viúva disse que seus acusadores o difamaram e que Fredriksson caiu na "depressão mais profunda" pelas acusações contra ele.

Carl Sargeant, ministro do governo galês, também morreu em 2017 após ser suspenso pelo Partido Trabalhista após ser identificado como perseguidor por diferentes mulheres.

Em outro caso, a produtora americana Jill Messick morreu no ano passado após a atriz Rose McGowan, a primeira mulher a denunciar Weinstein, a acusar ​​de facilitar o assédio do produtor e de não ter solidariedade com mulheres agredidas por ele.

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