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Descrição de chapéu

Com músicas de Leonard Cohen, 'Dance Me' traz coreografia acessível

Espetáculo da companhia Les Ballets Jazz dá sequência à temporada de dança do Alfa

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São Paulo

Dance Me - Les Ballets Jazz de Montréal

Avaliação: Ótimo
  • Quando: Sáb. 20h e dom. 18h
  • Onde: Teatro Alfa - Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722
  • Preço: De R$ 75 a R$ 180

Espetáculos de dança com canções de compositores populares nem sempre têm sucesso; em alguns deles, há a sensação de que a coreografia foi forçada a se encaixar em melodias construídas para serem ouvidas e não dançadas.

"Dance Me", da companhia Les Ballets Jazz de Montréal, não sofre desse mal: as músicas do canadense Leonard Cohen parecem converter-se organicamente nos movimentos dos bailarinos, de estilo atlético e preciso, com poucos saltos.

A peça é movida por um profundo amor e respeito a Cohen, poeta pop que se tornou patrimônio da cidade canadense que também é casa da companhia de dança. Apoiada em uma seleção de canções que inclui as mais conhecidas "Suzanne", "Famous Blue Raincoat" e "Hallelujah", além de outras como "Lover, Lover, Lover" e "First We Take Manhattan", a coreografia integra temas caros à obra do compositor, como amor, morte, amizade, espiritualidade e sensualidade. A figura de Cohen aparece na obra em projeções e na forma de um bailarino vestido com seu indefectível terno e chapéu, que ronda o palco.

Destacam-se na peça os bonitos pas de deux nas músicas "Suzanne" e "Dance Me to The End of Love", executados por dezenas de bailarinos que se revezam. A corajosa aposta de ter artistas cantando ao vivo "So Long, Marianne" e "Hallelujah" também dá certo e emociona.

Mas há momentos irregulares, como o inexplicável uso de lasers e bocas cantantes em "Everybody Knows", bela música da qual é usada aqui uma fraca versão poperô.

Os figurinos quase austeros, que remetem aos ternos do poeta, e o bom uso de luzes ajudam a manter o foco na profundidade das canções e na expressividade dos dançarinos.

Falta à obra um tema, um fiapo de história ou personagens que unam as vinhetas de cada música - por si só, o espectro de Leonard Cohen não consegue integrá-las satisfatoriamente. 

Mesmo assim, é um espetáculo acessível e belo que deve agradar tanto aos fãs do poeta canadense quanto aos que ainda não conhecem sua obra.

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